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Tarde inesquecível para os aficionados

Tradicional corrida de toiros da Feira de São João
29 de Junho de 2015 - 22:52h Crónica por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 2226
Tarde inesquecível para os aficionados

Praça de Toiros Arena D´Évora, domingo 28 de junho de 2015, tarde de muito calor com temperaturas acima da média e do que é normal no mês de junho, com um sol abrasador, só podendo estar-se em lugares bem frescos e ingerindo regularmente liguidos.


Dentro da praça não estava o calor que poderiamos pensar estar, pois embora estivesse muito calor, mesmo assim a temperatura era suportável, e a praça apresentou três quartos fortes da lotação, pois não muito longe de Évora tinha lugar a realização de uma corrida em Alcácer do Sal.


Passavam poucos minutos das 18 horas, quando o Delegado do IGAC, Senhor Agostinho Borges, deu ordem para que se iniciassem as cortesias da tradicional corrida de toiros de São Pedro, inserida na Feira de São de João, na cidade Évora.


O cartel estava composto pelos cavaleiros de alternativa, João Moura, Joaquim Bastinhas, António Telles, Francisco Núncio, João Maria Branco e Jacobo Botero, estando as pegas a cargo do Grupo de Forcados Amadores de Évora, que pegaram em solitário o bem apresentado curro de toiros com o ferro e divisa, da Ganadaria Passanha, cujo efetivo pasta no Monte da Pina nas proximidades de São Brás do Regedouro.

João Moura, executou uma agradavel lide diante do primeiro toiro da tarde, cravando dois ferros compridos com destaque para o segundo e seis ferros curtos de nota muito positiva,


Joaquim Bastinhas, executou uma lide de grande qualidade,. diante do segundo toiro da tarde, cravando dois ferros compridos de boa nota, depois cravou quatro ferros curtos dos quais destaco o segundo e terceiro, a pedido do público, cravou um ferro de palmo de muito boa qualidade, finalizando a sua atuação após muita insistência do público, com um par a duas mãos, em terrenos apertados e por dentro. Aqueceu com a sua atuação a corrida e o ambiente, pois é um cavaleiro que chega com muita força às bancadas;


António Telles, lidou o terceiro toiro da tarde, cravando dois ferros compridos à tira de muito boa qualidade. Na série de curtos cravou cinco ferros, com destaque para os três últimos ferros. Teve uma atuação dentro do seu habitual estilo o clássico com qualidade, agradando bastante aos aficionados;


Francisco Núncio, abriu a segunda parte da corrida, lidando o quarto toiro da tarde, perante o qual executou uma agradável atuação de estilo clássico, pecando um pouco na velocidade empregue nos momentos das reuniões, cravou três bons ferros compridos e na série dos curtos cravou cinco ferros, com destaque para o terceiro e quarto da ordem. Esteve em plano muito bom, com esta sua atuação mostrou ao que bem merece atuar mais vezes nas nossas praças;


João Maria Branco, lidou o quinto toiro da corrida, tendo diante deste exemplar uma grande atuação, cravou dois ferros compridos à tira com destaque para o segundo, na sére dos curtos cravou cinco ferros de grande qualidade, sendo o melhor de todos, o quarto ferro levando os aficionados a levantar-se das cadeiras e a aplaudirem de pé. Foi pois uma grande atuação deste jovem cavaleiro de Vila Viçosa;

Jacobo Botero, rejoneador colombiano a residir em Portugal há já alguns anos, lidou o sexto e úlimo toiro da tarde, perante o qual teve uma grande atuação, sendo  a melhor desta corrida, lidando um exemplar de excelente qualidade como, se tem por hábito dizer um toiro de bandeira e de indulto. Cravou três ferros compridos à tira com muita qualidade, e na série dos curtos cravou cinco ferros muito bons sendo o último em sorte de violino. Mostrou ter qualidades para atuar mais vezes entre nós e em cartéis de peso e com as principais figuras. É um grande candidato a Figura de topo a nível mundial.

Todos os cavaleiros escutaram música durante as suas atuações


O Grupo de Forcados Amadores de Évora, aceitou o desafio da Empresa, para pegarem em solitário os seis toiros da Ganadaria Passanha, desafio que nem sempre correu de feição, mas não deixaram por mãos alheias os créditos de executarem boas e rijas pegas, algumas mesmas com muitos aficionados de pé a aplaudirem forte.


Foram caras os forcados, os Francisco Oliveira, à segunda, Manuel Rovisco, à primeira, João Madeira, à primeira, Ricardo Sousa, à quinta, Dinis Caeiro, à primeira, António Alfacinha, cabo do grupo fechou-se à primeira.


Os cavaleiros e os forcados com exeção de Ricardo Sousa, deram volta à arena. sendo o primeiro ajuda no quarto e quinto toiros chamados para darem volta à praça.


O curro de toiros estava muito bem apresentado, com pesos entre os 560 e os 605 quilos, tendo cumprido na generalidade e sendo assim um curro muito homógeneo. Parabéns aos Ganadeiros D. João Passanha e seu filho Diogo Passanha, sendo este chamado à arena para agradecer os aplausos atribuídos na sua ida aos médios na companhia do cavaleiro João Maria Branco e forcados, e depois na volta que deu merecida na companhia de Jacobo Botero e do forcado.


Uma palavra de apreço para os campinos atuantes nesta corrida, pela brilhante forma com conduziram os cabrestos na recolha dos toiros.


A corrida foi abrilhanda pela Banda da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 de Alcochete, que é uma das nossas melhores Bandas Taurinas, interpretaram vários pasosobles do seu vastissimo reportório.

 

Foto: Raquel Vogado

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