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Sem surpresas na Corrida Supresa do Campo Pequeno

Numa noite com meia-casa no tauródromo da capital, foram os Amadores de Vila Franca quem se destacaram.
18 de Junho de 2016 - 05:43h Crónica por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 2064
Sem surpresas na Corrida Supresa do Campo Pequeno

A corrida surpresa do Campo Pequeno não foi chamariz suficiente para a afición. Uma meia-casa, com alguns turistas que povoaram as bancadas, numa noite em que os Amadores de Vila Franca enfrentaram em solitário um curro de Canas Vigouroux, que revelou tanto em aspereza, como refém da posse de força e sem grandes demonstrações de bravura.

Com a matéria-prima diluída em um pouco de quase nada, a noite decorreu sem ponta de emoção. Contudo, e perante a eficácia e a regular actuação dos Amadores de Vila Franca, as bancadas aplaudiram, com gosto, o rejoneio na primeira actuação de Cartagena (mesmo assobiando e castigando o brutal excesso de capotes, o rejoneador saiu sempre ilibado do castigo, como de costume). A segunda actuação de Rui Salvador, que desfez a ausência de oponente com maestria e arrojo, e ainda a segunda actuação de João Telles Jr, que assim que retirou o hastado da querença, colocou os melhores ferros da noite.

Os Canas Vigouroux, exceptuando o “Romano” - o segundo da noite - saíram bem apresentados mas estiveram sempre mais interessados na garupa das montadas, do que a investirem ao confronto. Num passo dócil, que nem a chôto se atreveram, cedo se desinteressaram, pouca força tiveram e jamais se empregaram para coisa alguma.

Dito isto, e no que ao toureio diz respeito, salvaram-se as segundas actuações de Rui Salvador e de João Telles Jr. No primeiro, o cavaleiro de Tomar teve de encurtar distâncias, diante de um estacionado exemplar de 565Kg, sem força, sem arranque, sem remates mas que pediu que Rui Salvador desse um passo a mais para lhe pisar os terrenos, para cravar ferros interessantes, numa lide de entrega. João Telles Jr teve um oponente enquerençado na porta dos sustos. Assim que o entendeu, esteve exímio a mexer no toiro. Após variar os terrenos, também variou as sortes, ora dando vantagens, ora encurtando distâncias, colocando os melhores ferros da noite de Lisboa.

Quanto a Andy Cartagena, teve na primeira actuação a grande dose de aplausos do Campo Pequeno, numa actuação em que nunca citou e muito menos entrou de frente ao “Romano”, de 560Kg. Ladeios e adornos com fartura, compuseram o ramalhete até aos dois violinos com que conclui a prestação. Na segunda actuação teve mais difuculdades para expôr o manancial do rejoneio e de piruetas, com o fervor dos aplausos também a manisfestar-se com a mesma dificuldade.

Quanto aos Amadores de Vila Franca, que se encerravam em solitário perante o curro que pasta em Castanheira do Ribatejo, tiveram uma sólida actução no Campo Pequeno, com 5 pegas ao primeiro intento e uma à segunda tentativa.

O cabo Ricardo Castelo reuniu à barbela e atravessou o grupo já na córnea, sendo a pega consumada à primeira tentativa. Francisco Faria fechou-se ao segundo intento na córnea, com o grupo coeso a consumar. Rui Godinho viu o oponente partir a chôto e consumou na barbela à primeira tentativa. Vasco Pereira citou a passo, mandou no arranque, carregou a sorte e fechou-se na córnea, ao primeiro intento. Ricardo Patusco também efectuou a pega ao primeiro intento, após ver o oponente partir a passo e ensarilhar uma barbaridade, até se fechar na córnea. David Moreira efectuou o melhor cite da noite. A passo e em silêncio, viu o hastado fixo em tábuas e com o grupo a dar vantagens. Assim que fez a chamda, o exemplar de 598Kg partiu franco e assim que sentiu o forcado, tratou de empurrar com força e atravessar o grupo. Com os derrotes a serem constante ebem no alto, David não largou a córnea do oponente e o grupo tratou de consumar mais uma pega à primeira tentativa.

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