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Carta a Luís Pombeiro

As várias modalidades de crítica - literária, taurina e outras - são absolutamente necessárias.
04 de Novembro de 2014 - 10:43h Pensamento por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 4459
Carta a Luís Pombeiro

As várias modalidades de crítica - literária, taurina e outras – são absolutamente necessárias. Devem ser, contudo, serenas e imparciais, mas também severas e implacáveis no julgamento, elucidando destinatários e auxiliando os visados no aperfeiçoamento e valorização das suas qualidades, desse modo elevando o nível respectivo.

O Dr. Luís Miguel Pombeiro, que, durante a temporada agora finda, regressou aos ruedos da Imprensa tauromáquica, brindou a afición, durante o passado mês de Agosto, com artigos que, pela sua importância, logo despoletaram a ideia da feitura, aparecimento e divulgação dos correspondentes comentários críticos.

E, não tendo havido ensejo, no considerável lapso de tempo desde então decorrido, para assim fazer, a entrada no defeso, de braço dado com o mau tempo que se instalou entre nós, montaram o quadro adequado para o efeito.

Assim, recordemos o que de essencial consta da primeira, de uma certa perspectiva, das intervenções em equação:

“ A calma na arena, a lide e a colocação do toiro, o cite, a viagem, o quarteio, a reunião ao estribo, o remate pela direita.

No cite, (…) o enquadramento do cavalo numa linha recta entre os cornos do toiro, bem ao meio do dorso do hastado.

A viagem sem desvios, recta, até ao momento do quarteio.

Na reunião, os curtos foram ao estribo.

Os remates, rodando pela direita, culminavam os momentos de emoção e risco.

A serenidade, a condução do cavalo apenas com a mão esquerda.

O público a sentir a classe, em detrimento da vulgaridade”.

Estamos perante um texto, um artigo, cuja acuidade será difícil empolar, desse modo se saudando a sua inserção em órgão da especialidade.

É que, de há muito, não aparecia uma intervenção tão categorizada, que se não pode deixar em claro com silêncio quanto à sua existência e conteúdo.

Isto, para dizer que, na nossa longa peregrinação pela temática em causa, a que dedicámos mais de 55 anos do percurso terreno, foi possível ler e estudar os grandes teorizadores da Tauromaquia, alguns dos quais se exprimiram com o conhecimento, a segurança e a frontalidade do nosso homenageado de hoje. Mas as questões, técnicas, levantadas, ficaram indisponíveis nos escritos para o público na exacta medida do desaparecimento ou do afastamento dos nomes grandes que, anteriormente, as haviam tratado com tanta elevação e conhecimento.

Bem haja, pois, Dr. Luís Pombeiro.

Pela nossa parte, seguiremos com comentários sobre o mesmo e outros editoriais, bem como tudo quanto, desde então, se nos afigure justificar o interesse de quem escreve e de quem lê.

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