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Boa Corrida em Alter com Casa Cheia!

Calorosa tarde em Alter do Chão para assistir à tradicional corrida de 25 de Abril, Corrida de homenagem a D. José de Atayde

26 de Abril de 2010 - 14:45h Crónica por: - Fonte: - Visto: 1954
Boa Corrida em Alter com Casa Cheia!

Calorosa tarde em Alter do Chão para assistir à tradicional corrida de 25 de Abril, Corrida de homenagem a D. José de Atayde onde toirearam João Moura, Victor Ribeiro, Tiago Carreiras e Manuel Vacas de Carvalho, os toiros pertenciam à ganadaria de Pégoras e pegavam os grupos de Montemor e Alter do Chão.

A corrida estava com bom ambiente e com a praça praticamente esgotada, pena foi que os Pégoras não tivessem correspondido ao bom ambiente que se vivia em praça e à vontade dos toureiros de estar bem com eles, saindo na generalidade mansos e a só investirem quando eram realmente provocados.

João Moura confirmou em Alter o que vem demonstrando ao longo da ainda curta temporada, uma vontade e um querer de um jovem de 18 anos, vontade essa que por vezes falta aos mais novos e que João Moura mantém intacta ao longo de mais de 30 anos de alternativa, demonstrando o grande Senhor das arenas que é, e vai continuar a ser ainda por muitos anos, pois não se vê sucessor à vista. A sua primeira lide não teve grande historia devido ao pouco jogo do Pégoras resumindo-se à ferragem da ordem. No seu segundo recebeu o toiro num cavalo novo com o ferro Paim, cravou 2 ferro compridos demonstrando o cavalo boas maneiras, de seguida foi buscar o “Castella” e tentou sacar petróleo de um poço seco, tudo fez para que o Pégoras investisse, resultando uma lide bastante boa com pormenores de classe e verdade nas sortes e nos recortes, tendo todo o mérito o cavaleiro visto que o toiro em nada o ajudou.

Victor Ribeiro veio a Alter muito bem montado e moralizado para rubricar 2 lides de qualidade com bons pormenores e verdade no momento do ferro, é pena que as lides de Victor Ribeiro não cheguem às bancadas com a mesma verdade e emoção com que são executadas na arena, esta falta de impacto por vezes não permite que as lides de Victor Ribeiro tenham a dimensão merecida. Tendo sorte no lote que lhe tocou, soube aproveitá-lo e entender os seu oponentes dando-lhe lides apropriadas conseguindo 2 bons triunfos, no seu primeiro depois dos ferros compridos, saiu à praça num cavalo ruço com ferro espanhol com o qual deu uma lide emocionante e apropriada ao Pégoras, com sortes bem desenhadas e rematadas, esperando por vezes o cavalo no meio da sorte pela investida do toiro demonstrando grandes capacidades físicas e toureiras. No seu segundo após receber de forma correcta nos compridos, de seguida saiu num ruço ferro Rouxinol, cavalo este que demonstrou capacidades para vir futuramente a ser um cavalo importante na quadra de Victor Ribeiro, na retina dos aficionados ficaram 2 ferros em que o cavalo ficou imóvel no centro da arena a escassos metros do toiro esperando pela investida deste, resultando em ferros de boa expressão plástica. Acabando a lide por ter pormenores de grande qualidade mas não chegando às bancadas como seria de esperar.

Tiago Carreiras está desencontrado com ele próprio, não entendendo os toiros, levando sucessivos toques nas montadas e socorrendo-se repetitivamente do magnífico Quirino para dar alguma qualidade às suas lides, sendo este facto também perigoso porque cavalos destes há que poupá-los e moralizá-los, não lidando neles qualquer tipo de toiro. As duas lides resultaram de pouco sentido artístico não entendendo o toureiro os Pégoras que tinha por diante, toiros esses que não tinham qualidade mas que tinham uma lide adequada à sua condição, lide essa que não lhe foi dada por Carreiras, todos estes factos juntos a acontecerem 15 dias antes da alternativa, são um pouco preocupantes, esperamos que Carreiras volte às boas lides a que nos habituou e confirme as boas maneiras que demonstrou nas ultimas temporadas, e explore o grande potencial que tem.

Manuel Vacas de Carvalho lidou um novilho que se adiantava ao cavalo e deu alguns toques na montada, resultando numa lide com pouca história, esperamos voltar a ver Vacas de Carvalho numa próxima ocasião e poder avaliar as verdadeiras qualidades do cavaleiro.

As pegas resultaram boas sendo de destacar 3 à primeira tentativa por parte do grupo de Alter e 2 à primeira e 1 à segunda pelo grupo de Montemor, ficando patente o bom momento que atravessam os 2 grupos, pelo grupo de Montemor pegaram João Braga, Felipe Mendes, Francisco Barreto e Pedro Barradas e por Alter do Chão pegaram Sérgio Pires, Bruno Palmeiro e Elias Santos

O prémio D. Jose de Atayde para a melhor lide foi entregue a João Moura pela lide do seu segundo, prémio que foi contestado pelo público.

O prémio Luís Saramago à melhor pega foi entregue ao grupo de Alter do Chão pela poderosa pega ao 7º da tarde efectuada por Elias Santos.

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