Segunda Corrida de Toiros das Festas do Barrete Verde e das Salinas
18 de Agosto de 2011 - 11:34h | Crónica por: José Vogado - Fonte: - Visto: 2091 |
Praça de Toiros de Alcochete – Terça-Feira, 16 de Agosto de 2011
Segunda Corrida de Toiros (Terceiro evento taurino) inserido nas Festas do Barrete Verde e das Salinas, Edição de 2011 da castiça vila de Alcochete, cerca de três quartos fortes da lotação preenchidos para presenciarem uma corrida que do meu ponto de vista tinha um cartel muito forte e atractivo, dado ser composto por três Figuras do topo da Arte de Marialva. Como são os casos de João Moura – Rui Salvador e Vitor Ribeiro
Dois valorosos Grupos de Forcados, os Amadores de Alcochete comandados por Vasco Pinto e de Mazatlán (México), comandados por René Tirado.
E seis toiros das Ganadarias de Engº. José Samuel Lupi e Contreras, esta oriunda de Espanha. Os primeiros estavam marcados com o número 8 (oito) no cimo da mão direita, pelo que consideramos Novilhos com três anos de idade, os segundos tinham como número no cimo da mão direita o 7 (sete), por conseguinte toiros com quatro anos de idade, exemplares muito bem apresentados, com pesos entre os 515 E os 570 quilos.
Primeira parte da corrida:
João Moura
Abriu praça lidando o primeiro novilho da Ganadaria do Engº. José Lupi, de pelagem preta, com o peso de 570 quilos e o número 19, cravou dois ferros compridos de boa nota e de boa colocação.
Muda de montada e cravou uma série de quatro ferros curtos e um de palmo, destaco aqui como melhor ferro o quarto e como menos bom o primeiro, dado ter sofrido um toque na montada. Teve pois uma grande actuação perante este primeiro exemplar do seu lote, lidando e cravando sempre bem.
Rui Salvador
Lidou o segundo exemplar da noite da Ganadaria de Contreras, de pelagem preta, com o peso de 515 quilos e com o número 15, cravou uma série de dois ferros compridos com destaque para o segundo que foi muito bom.
Muda de montada e crava dois ferros curtos com destaque de boa colocação, com destaque para o segundo que foi muito bom, face às características do seu oponente que cedo deu mostras de ser manso, resolve mudar de montada e crava uma série de dois ferros curtos de boa colocação com destaque para o último (quarto da série). Actuação muito agradável face às dificuldades que este toiro apresentou mas que Rui sempre se empenhou com brio e profissionalismo, nunca virando a cara à luta e tentando agradar o mais possível ao publico.
Vitor Ribeiro
Lidou o terceiro exemplar da noite um novilho da Ganadaria do Engº. José Lupi, e pelagem preta, o peso de 515 quilos e o número 20, cravou uma série de dois ferros compridos de boa colocação, com destaque para o segundo.
Muda de montada e crava uma série de três ferros curtos de muito boa colocação com destaque para o segundo e muito em especial para o terceiro que foi o seu melhor ferro de todos. Muda de novo de montada para deixar mais um bom ferro curto e um ferro de palmo , este a pedido de público que estava satisfeito com o seu desempenho. Esteve sempre muito bem a bregar, a lidar e a preparar os momentos de reunião para deixar bons ferros. Não foi uma pêra doce que teve pela frente, mas este cavaleiro mostrou estar bem montado, estar numa noite de inspiração e saber resolver as coisas pelo melhor. Foi a sua actuação a melhor da primeira parte.
Segunda parte da corrida:
João Moura
Lidou o quarto exemplar da noite da Ganadaia do Engº. José Lupi, de pelagem Flava (Colorau ou colorado em Espanha), cravou dois ferros compridos de boa colocação, após boa brega dentro do seu habitual modo de tourear.
Muda de montada e crava uma série de quatro bons ferros todos de muito boa colocação, com destaque para o seu segundo desta série., a pedido do público crava um ferro de palmo de bom efeito. Teve uma agradável actuação, embora sem alcançar o brilhantismo da sua primeira actuação, visto este toiro ser um exemplar menos encastado que o seu primeiro, mas que este cavaleiro graças à sua Maestria soube entender e dar a lide ideal.
Rui Salvador
Caber-lhe-ía lidar o quinto exemplar da noite e que era da Ganadaria do Engº. José Lupi , de pelagem preto listão, bragado meano, com o peso de 545 quilos e o número 14, mas por ter problemas na pata esquerda qual arrastava, o director mandou recolher o mesmo depois deste num lance de capote cair na arena.
Deste modo, foi alterada a ordem de lide enquanto era preparado um sobrero para este cavaleiro, que acabou pois por ser o último actuante da noite.
Vitor Ribeiro
Lidou o exemplar que lhe correspondia lidar como seu segundo, sexto da noite, toiro da Ganadaria de Contreras, de pelagem preta com o peso de 520 quilos e o número 26. Cravou uma série de dois ferros compridos de boa colocação, com boa brega e bem na reunião.
Muda de montada e crava uma série de quatro bons ferros curtos , sempre e após boa brega . A pedido do público crava mais um ferro este um de palmo de igual efeito que os anteriores ferros, e ainda mais um curto igualmente a pedido do público. Actuação bastante agradável , embora sem alcançar o brilho da sua primeira actuação.
Rui Salvador
Lidou como segundo exemplar do seu lote, um toiro da Ganadaria de Contreras, de pelagem castanha, com o número 25. Cravou uma série de três ferros compridos de bom efeito em termos de colocação e após boa brega.
Muda de montada e crava uma série de três ferros curtos de boa colocação e bom efeito em sorte de sesgo os dois últimos, pois este exemplar cedo mostrou ser mando e refugiou-se junto das tábuas. Boa actuação perante um toiro dificil.
Depois de uma análise às duas actuações de cada cavaleiro, cabe-nos agora analisar a prestação dos dois Grupos de Forcados, que nem sempre tiveram tarefa fácil perante o lote de seis toiros lidados de duas Ganadarias e encastes diferentes.
Pelo Grupo de Amadores de Alcochete pegaram:
Vasco Pinto, pegou o pr8imeiro exemplar, à terceira tentativa, após se fechar bem e ser bem ajudado pelo grupo, mostrando a sua raça e valentia sem estar no seu melhor momento, dado ter ficado um pouco debilitado depois da sua primeira tentativa;
Tomás do Vale, pegou o terceiro exemplar com a ex3ecução de uma rija pega ao primeiro intento;
Daniel “Dédé”, pegou o quarto quinto exemplar ao segundo intento com valentia após a boa prestação de ajuda dos restantes elementos do grupo.
Pelo Grupo de Mazatlán (México) pegaram:
Fernando Enciso pehou o segundo exemplar da noite à primeira tentativa;
René Tirado, pegou o quarto exemplar da noite ao segundo intento após boa ajuda dos demais elementos;
Sergio Meli, pegou o sextoexem0plar, à primeira tentativa., sendo muito bem ajudado pelo grupo.
Agradável noite com boas pegas, e foi agradável de ver este grupo mexicano.
Corrida dirigida pelo Delegado Técnico nomeado pelo IGAC Senhor Ricardo Pereira, assessorado pelo Médico Veterinário Dr. Carlos santos.
Abrilhantou a Corrida a Banda da Sociedade Musical e Imparcial 15 de Janeiro de 1898 de Alcochete.