Vitor Mendes triunfador na ultima do Coliseu de Redondo.
02 de Novembro de 2011 - 21:11h | Crónica por: Ana Rita Linhan - Fonte: - Visto: 2202 |
Meia casa para assistir ao encerro da temporada no bonito e confortável Coliseu de Redondo. Para a última da temporada estava anunciada uma Corrida Mista com um cartel interessante, preenchido por várias gerações do toureio a cavalo e apeado.
A cavalo estiveram em praça Rui Salvador, Luís Rouxinol e Marcelo Mendes. Pegaram a solo os Amadores de Redondo. As lides apeadas ficaram a cargo dos matadores Maestro Vítor Mendes, António J. Ferreira "Tójó" e Tiago Santos. Foram lidados toiros da ganadaria redondense de Falé Filipe.
Abriu praça o cavaleiro Rui Salvador, rubricando uma lide de menos a mais. No inicio com o seu habitual cavalo de saída com ferro de seu pai, Salvador andou muito irregular acusando alguma descoordenação com a montada, sofrendo dois derrotes violentos aquando a cravagem dos compridos. Nos curtos a lide subiu de tom, com o cavaleiro a cumprir, embora sem deslumbrar diante um toiro um pouco reservado.
Luís Rouxinol é daqueles cavaleiros que não sabe estar mal, ou seja, já habitou a aficion a estar por cima dos toiros, sejam eles como e quais forem. Recebeu bem o toiro na garupa do cavalo, cravou dois bons ferros a abrir. Nos curtos andou ao seu estilo com sortes de frente, chegando facilmente ás bancadas com sortes bem executadas e rematadas de igual forma. Terminou a lide com o habitual par de bandarilhas e um ferro de palmo.
O jovem cavaleiro Marcelo Mendes, completava a terna de cavaleiros e teve uma passagem muito agradável por Redondo. Para quem não se lembra, Marcelo tirou este ano alternativa na centenária Palha Blanco no início da temporada. No Coliseu de Redondo cumpriu na ferragem compridas e foi nos curtos que colocou as bancadas em delírio. Cavaleiro de um toureio alegre, montando o seu cavalo estrela, o Único, Marcelo Mendes cravou de frente, embora a colocação não tenha sido a melhor, mas foi a rematar as sortes que a sua actuação atingiu o auge, colocando o cavalo a ladear na cara do toiro a escassos centímetros do mesmo. Terminou a lide com um bom par de bandarilhas.
Quanto ao capítulo das pegas os Amadores de Redondo, voltaram a não ter uma tarde feliz na sua terra. Denotaram alguma falta de experiência, na execução das pegas o que complicou a consumação das mesmas, nunca pondo em causa o crer e a vontade dos “moços” de Redondo. Pegaram Hugo Figueira à quarta tentativa e a sesgo; Nuno Oliveira foi dobrado à segunda tentativa por Hélder Delgado que pegou à primeira e a sesgo; fechou praça Carlos Silva à primeira.
Na segunda parte da corrida assistimos a três lides de toureio a pé, situação rara em corridas mistas no nosso país.
Iniciou Vítor Mendes, e as coisas não podiam ter corrido melhor. O Maestro esteve bastante bem frente a um bom novilho de Falé Filipe. Entrou bem de capote, mas foi na muleta que o publico se rendeu ao Maestro, com excelente séries tanto pela esquerda como pela direita.
“Tójó” e Tiago Santos, não tiveram a mesma sorte que Vítor Mendes quanto aos novilhos, pois os seu necessitavam de um “pontazo” para proporcionarem uma lide mais templada. No entanto ambos tiveram bem no capote e mostraram bons pormenores na muleta. O novilheiros Tiago Santos andou bem nas bandarilhas e não ganhou para o susto na colocação do ultimo par, após ter sido colhido sem consequências.
Quanto aos toiros de Falé Filipe, cumpriram na sua generalidade com destaque para o exemplar lidado por Vítor Mendes.
Dirigiu com acerto o Sr. Agostinho Borges.