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António Prates é o Primeiro Triunfador da Feira da Moita 2011

Num festival taurino de grande qualidade e com a casa a receber um bom número de espectadores
13 de Setembro de 2011 - 01:00h Crónica por: - Fonte: - Visto: 3775
António Prates é o Primeiro Triunfador da Feira da Moita 2011

Começou da melhor forma, a mais importante e maior feira taurina de Portugal. Integrada nas festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem, o Festival Taurino da Juventude arrancou a Feira da Moita 2011, com a casa com um bom número de espectadores, onde Jacobo Botero revelou ter agradáveis pormenores e onde António Prates confirmou, mais uma vez, ser um valor de futuro com o qual se terá que contar.

Os novilhos foram de grande qualidade, quer os de Conde Cabral, como os de José Lupi.

David Oliveira desenvolveu uma lide com altos e baixos e de ferros à tira, mostrando ter pormenores de toureio clássico, com verdade e gosto pela colocação ao estribo. O primeiro comprido resultou algo descaído e serviu somente para fixar um novilho que dispersava a sua atenção. O segundo resultou um pouco traseiro. Rectificou as colocações com o terceiro comprido novamente à tira. Nos curtos, bem a bregar e a pôr o toiro em sorte, para à tira colocar dois ferros ao estribo, de alto a baixo e bem na cruz. O problema, é que a partir daqui o novilho já conhecia a viagem e encurtou o caminho para os ferros seguintes, levando David Oliveira a falhar o terceiro curto para posteriormente ao terminar a lide, sofrer um empurrão no momento da reunião. No final, recusou-se inicialmente a dar uma volta a arena mas as bancadas não permitiram tamanha desfeita, ficando no ar que o grau de exigência que incute a si mesmo é elevado e isso é de louvar.

António Prates recebeu um novilho cheio de vontade, que perseguiu na garupa e com codicia, com o cavaleiro a demonstrar controlo total na montada e gestão perfeita da concessão das velocidades, estando novilho e cavaleiro sempre ligados. Citou de frente para o primeiro comprido, que colocou bem na cruz. O segundo teve o mesmo desenho de sorte mas resultou descaído, num novilho com um excedente de interesse, sempre fixo e com muita transmissão. Nos curtos, passou com um quiebro em falso para depois colocar com novo quiebro, em plenos terrenos do novilho, deixando a praça em “olés” e a banda a iniciar serviço. Após passar em falso, coloca dois ferros iguais ao anterior descrito e uma brega de valor. Mudou de montada e de frente num cite terra a terra, colocou dois ferrros que levantaram as bancadas a aplaudir com gosto, enquanto efectuava uma pirueta nas barbas do oponente. Terminou a lide com um fero de palmo. Foi o triunfador da tarde.

David Gomes foi à porta gaiola buscar um novilho que entrou a pedir contas. Colocou um pouco descaído o primeiro comprido, levando um empurrão contra as tábuas enquanto efectuava o remate. O segundo comprido resultou ainda mais traseiro. Um novilho que espalhava presença em praça, era andarilho e incómodo, David Gomes passou em falso para depois colocar o primeiro curto aos estribo e bem assente na cruz. O segundo comprido foi colocado muito tempo depois, pois o novilho não lhe dava descanso. Mudou de montada e coloca o seu melhor ferro, à tira, bem ao nível do estribo e de cima para baixo e novamente na cruz. Terminou a lide com um ferro de palmo, que resultou algo traseiro.

Jacobo Botero teve dois momentos diferentes na sua lide. Se nos compridos esteve muito regular mas pouco exuberante e algo tímido a interagir com as bancadas, alterou e de que maneira a sua prestação nos curtos. O primeiro e o segundo ferros, foram colocados com cites terra a terra, com largura de praça, a esperar pelo arranque do novilho, executados ao piton contrário e de cima a baixo. Falhou o terceiro ferro para de seguida e após rectificar, sofrer um empurrão no remate. Mudou de montada e sacou “olés” da bancada, ao cravar dois ferros com quiebros emocionantes e em sortes muito carregadas. Sofreu um enorme empurrão que quase o desmontava mas aguentou-se para terminar uma lide de menos a mais, ou melhor, de regular a muito mais.

João Rodrigues recebeu à verónica num quite vistoso. Colocou três pares de bandarilhas, com muita verdade e frontais, destacando-se o primeiro bem na cara do novilho e com óptima colocação. Na muleta, levou o novilho para os médios onde executou uma série de derechazos templados. As séries seguintes não tiveram o mesmo brilho, apesar de bons momentos. Ainda desenhou uma curta série de naturais, sem o mesmo resultado que as que executou pela mão direita. Terminou a lide com um magnífico passe de peito após uma série pela mão direita. Simulou a estocada, que resultou na barriga do novilho.

Fábio Cristóvão mostrou estar menos maduro que o seu companheiro da Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita. Empenhou-se, no capote e na muleta, e com um novilho que apresentou uma investida mais desconjuntada que os anteriores, não conseguiu sacar faena. Simulou a receber.

 

O Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita, apresentou um conjunto de futuras promessas, que depois deste festival taurino, com quatro pegas à primeira tentativa, mostraram estar mais do que à altura de perpetuar a condição excepcional que o grupo que representam detém.

Pedro Gonçalves, conhecido por “El Loco” no grupo, viu o novilho partir a passo mas empregar-se assim que se aproximou do forcado, que reuniu à córnea e de imediato acoplou-se de pernas, numa viagem limpa de encontro ao grupo, que consumou de pronto.

João Coelho efectuou limpa e bela pega à primeira tentativa. Num cite muito bonito, com o novilho a arrancar a mando, fechando-se à barbela, aguentando os derrotes e com o grupo a consumar sem problemas.

António Coelho efectuou o cite mais bonito da tarde, silencioso e a mostrar-se, mandou no toiro que arrancou com muita pata. Fechou-se à córnea e na viagem o novilho dobrou-se no seu lado esquerdo, caindo com o forcado na arena, para depois aparecer, célere e pronto, o grupo para consumar.

João Ventura também efectuou um limpo e bonito cite, também silencioso e sem exagerada exuberância, mandou partir o novilho que obedeceu de imediato, fechando-se à córnea e com um fabuloso primeiro ajuda, que não permitiu que João Ventura saísse da cara.

No final, saíram duas bezerras para os alunos da Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita, algo que já tinha sido feito na feira de Maio, estando por isso a empresa Toiros e Tauromaquia de parabéns pela aposta.

Primeira da feira taurina da Moita

Reportagem fotográfica do primeiro espectáculo da feira taurina da Moita do Ribatejo.
13 de Setembro de 2011 - 22:00h Galeria fotográfica por: Arsenio Franco - mais fotos em WWW.ARSENIOFOTOGRAFIA.SMUGMUG.COM
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