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Viana do Castelo: Praça Cheia no Regresso da Liberdade

O principal facto desta crónica é a possibilidade de ela ser escrita, o simples facto de ser novamente possível, relatar o que se passou numa arena de Viana do Castelo.
20 de Agosto de 2012 - 00:53h Crónica por: - Fonte: - Visto: 2415
Viana do Castelo: Praça Cheia no Regresso da Liberdade

O principal facto desta crónica é a possibilidade de ela ser escrita, o simples facto de ser novamente possível relatar o que se passou numa arena de Viana do Castelo.
De novo houve uma corrida de toiros na “Princesa do Lima”, foi reposta a justiça e terminada a censura arrogante de um executivo que em vez de trabalhar pela união de todos os vianenses, esforçou-se para os dividir, em vez de tentar atrair turistas e visitantes, considerou que não eram bem-vindos aqueles que, vindo por bem, vinham para continuar tradição e celebrar as Festas da Sr.ª D’Agonia como sempre foram celebradas: com folclore, dança, música, fogo-de-artifício e toiros. Aqueles que vinham a Viana por Viana e pela sua história. Uma história da qual faz parte a tauromaquia e que não pode ser apagada, por muito que desejem caciques e censores.

Antes e depois da corrida os aficionados foram insultados, intimidados e agredidos. Souberam responder com elevação, com a superioridade de quem tem a razão e suportaram as indecentes manifestações promovidas pelos actuais e ex-autarcas de Viana. Mostraram que a civilidade que os “anti” apregoam está do lado de quem respeita a opinião dos outros, por muito que dela discorde.Graças à PRÓTOIRO cinco cavaleiros e um matador cumpriram a tradição. Lidaram-se seis novilhos oferecidos pelos ganaderos, brindados ao povo, à liberdade, à cultura e, até mesmo, a Defensor Moura, dando-lhe a honra que não merece e que nunca poderá compreender.No fim tocou-se o hino, cantou-se “A Portuguesa” em uníssono, pois foi por Portugal e pelos portugueses que se lutou pela liberdade em Viana do Castelo.Sob o lema de “Defendo a Minha Cultura, Liberdade e Identidade” organizou a Prótoiro uma corrida em praça desmontável instalada na veiga da Areosa, concelho de Viana do Castelo. Praça cheia de aficionado público vianense, no regresso da liberdade cultural a esta cidade.

António Ribeiro Telles lidou de forma inspirada o exemplar da ganadaria Palha, um novilho mansote ao qual o cavaleiro da Torrinha deu uma lide correcta e valorosa. Cravou três compridos no Xairel para depois prosseguir a lide com uma boa série de curtos. Terminou com dois ferros de palmo, o último junto a tábuas, em terrenos muito apertados, que fez levantar as bancadas.

A Luís Rouxinol tocou o melhor novilho da tarde, um jabonero que ostentava o ferro de Canas Vigouroux. Fez jus ao bom momento que atravessa e aproveitou as boas investidas do oponente. Começou com um grande ferro de praça-a-praça, reunindo no centro da arena, e terminou com o costumeiro par de bandarilhas que entusiasmou as repletas bancadas. Pelo meio ficaram diversos bons ferros, salientando-se o palmo que antecedeu o par.

Pedro Salvador andou desacertado no início da lide do de Falé Filipe, mas desforrou-se nos ferros curtos, com cites vistosos e bons ferros a quiebro rematados com piruetas na cara do toiro.

Sérgio Santos, “Parrita” não foi feliz na lide do seu novilho, o de S. Torcato, que, não sendo fácil, permitia mais. O público vianense, pouco habituado ao toureio a pé, acarinhou o matador, mas Parrita acusou a pouca rodagem e, para além de uma série por derechazos, passou sem história por Viana.

Duarte Pinto esteve bem na lide do “passanha”, pena que este não tivesse uma investida mais pronta pois teriam tido outro impacto os curtos cravados de frente e com valor. Foram de nota superior o quarto e o quinto que finalizou a lide.

Tiago Carreiras andou desacertado, falhando ferros e deixando os restantes dispersos. Carreiras é comunicativo, tem valor e arrima-se com os erros. Terminou, por isso, em melhor nível, com o público entusiasmado.


Muito bem estiveram os Forcados Amadores das Caldas da Rainha, pegando quatro dos cinco toiros à primeira tentativa. Grande pega a de Francisco Rebelo de Andrade ao segundo da tarde, suportou fortes derrotes e viajou sozinho, sempre fechado à barbela.


Obrigado Prótoiro, para o ano “Havemos de voltar a Viana”.

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