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João Maria Branco é o Primeiro Triunfador da Feira da Moita 2012

Um generoso quarto de casa esperou pelo último da corrida para presenciar emoção, com João Maria Branco a sobrepor-se aos alternantes de cartel e tornar-se o primeiro triunfador da Feira da Moita 2012.
12 de Setembro de 2012 - 19:06h Crónica por: - Fonte: - Visto: 3019
João Maria Branco é o Primeiro Triunfador da Feira da Moita 2012

Iniciou a Feira Taurina da Moita 2012 com um pobre ¼ de casa, numa corrida que anunciava três cavaleiros de nome João: João Moura, João Salgueiro e João Maria Branco.

A corrida resultou desinteressante e não fosse a última lide de João Maria Branco, que assim se tornou com mérito e de forma indiscutível o primeiro triunfador da Feira da Moita de 2012, nada de relevante haveria para relatar.

O certo é que quota-parte da responsabilidade do desinteresse da corrida esteve no curro Pinto Barreiros, que apesar da nobreza que revelaram alguns dos exemplares (excepção ao quinto que foi um manso), foram suaves nas investidas, dóceis a perseguir e sem transmissão.

Abriu a praça João Moura frente a um oponente de 510Kg de peso com 5 anos de idade, nobre, acudia ao cite mas sem incomodar. A lide resultou desinspirada e sem emoção. O cavaleiro de Monforte ainda tentou agarrar o público com ladeios, mas as bancadas, tal como o toiro, cedo demonstraram que estavam ali para outro filme.
No quarto da tarde com 505Kg de peso, 4 anos de idade e apesar de revelar-se mais disponível para o confronto, também nada transmitiu. João Moura ordenou a saída da quadrilha indiciando maior disposição, só que para além da garra e do querer, a lide não atingiu patamares de triunfo. Nos compridos esteve com correcção e foi finalmente nos quarto e quinto ferros curtos, que efectuou reuniões mais ajustadas.

Com 500 Kg de peso, 5 anos de idade e de uma investida com som nos capotes, surgiu o segundo da corrida para João Salgueiro. O cavaleiro de Valada colocou um primeiro comprido de mérito, deu praça durante a lide ao oponente, só que o exemplar de Pinto Barreiros era tardo e atravessava-se, dando uma lide sensaborona. Salgueiro ainda se arrimou nos últimos dois ferros curtos, onde viu recompensado o esforço e cravou duas sortes vibrantes, sacando os aplausos mais expressivos até então.
No quinto esteve frente a um manso de 545Kg de peso e de 4 anos de idade. Faltou a conhecida garra de Salgueiro para arriscar um pouco mais e assim fechou uma passagem sem chama pela Feira da Moita.

João Maria Branco foi o grande triunfador da tarde. Se no primeiro exemplar com 515Kg de peso e 4 anos de idade consentiu alguns toques na brega, vítimas da ligação e acoplamento por si impostos, também é certo que esteve por cima de um oponente cheio de defeitos, que reunia com a cara lá em cima e que procurava refúgio sempre que mais praça lhe era oferecida. O jovem cavaleiro entrou determinado, ordenou a saída da quadrilha, mexeu com o oponente e cravou o primeiro e terceiro curtos com acerto, exigindo do oponente nos remates.
E finalmente ao sexto da tarde já noite, apareceu transmissão e emoção no ruedo Moitense. O exemplar foi o mais leve da corrida, com 470Kg e 4 anos de idade, tinha mais pata que os irmãos de camada, mais tranco e prontidão, maior mobilidade e dureza nas investidas. Foi receber à porta gaiola e tentou dar sempre praça à rês. Nem sempre o astado aceitou o convite, mas o cavaleiro praticante jamais afectado pela recusa, elaborou uma lide ligada, pisando-lhe os terrenos e cravando ferros ao estribo que demoram a sair da retina, como o segundo e terceiros curtos. João Maria Branco mostrou raça e vontade, esteve irreverente e vibrante, e a sábia decisão de sair no tempo exacto, evitando borrar a pintura com os ferros extra pedidos pelas bancadas, revela uma inesperada maturidade e sentido de lide.

Pelos Amadores de Évora abriu praça José Miguel Martins, com uma reunião suave à córnea, a direito para o grupo sem complicações de maior.
João Pedro Oliveira também pegou à primeira tentativa, fechando-se à córnea numa viagem franca e sem incomodar até ao grupo.
O cabo António Alfacinha fechou a prestação do grupo de Évora à quinta tentativa, frente ao manso que nas tentativas anteriores despejou o grupo.

Os Amadores da Moita tiveram uma noite de grande acerto. O cabo Pedro Raposo pegou ao primeiro intento, fechando-se à córnea e com a cara lá no alto, numa viagem até ao grupo.
Edgar Duarte fechou-se à barbela e ao primeiro derrote passou para a córnea. Teve alma e braços para aguentar os derrotes, até o grupo aparecer e consumar ao primeiro intento.
Fechou a corrida Ruben Durens, à segunda e à córnea.

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