A tarde dos Oliveira Irmãos em Samora Correia
29 de Abril de 2013 - 15:43h | Crónica por: Filipe Pedro - Fonte: - Visto: 2999 |
A corrida de Samora Correia tinha como principal atractivo o curro de toiros da ganadaria Oliveira Irmãos, factor que funcionou como chamariz e chegou para mais de meia casa.
Numa tarde fria de sol radiante, os Oliveiras entraram apresentados a preceito, bravos, a pedirem contas e não fosse regra geral a escassez de força, que motivou vê-los por inúmeras vezes dobrarem as mãos, a emoção teria sido ainda maior.
Sónia Matias teve sortes distintas no lote. O primeiro foi bravo, nobre, perseguiu sem descanso e andou sempre a pedir contas à cavaleira. Sempre ligada com o astado, o certo é que Sónia lidou de forma algo inconstante no momento do ferro e prolongou em demasia uma lide que vinha em crescendo.
No quarto tudo foi diferente. O oponente era reservado, tinha pouca mobilidade e perseguia somente pela certa. Nos curtos, Sónia encurtou as distâncias, seleccionou os terrenos na brega e invadiu-os a cravar. Efectuou uma lide de menor exuberância, menos recompensada pelas bancadas mas de enorme correcção.
Ana Batista lidou o mais leve da corrida. Um toiro sério, bravo, que acudia aos cites, respondia aos ferros e empregava-se nos remates. Toda a lide teve uma brega digna de uma figura, um deleite para a vista, sem preocupações com o correr do ponteiro dos minutos. Cravou um terceiro curto em que aguentou a investida junto a tábuas e quarteou no momento exacto.
O quinto entrou em praça com uma envergadura que galgava a garupa da montada. Um exemplar sério, com trapio mas reservado e com pouca transmissão. A lide resultou menos intensa que a anterior e com sortes mais aliviadas.
Pedro Salvador recebeu o quarto da tarde, um exemplar que impôs dificuldades por estar algo desligado da montada. O cavaleiro de Marinhais demorou a ajustar a batida, e quando o fez, foi ao quarto curto e cravou um excelente ferro de cima para baixo, rematado com regra.
No último, um exemplar que pedia muito trabalho e rigor, Pedro Salvador cedo se ligou com o público e assim tapou com aplausos as reuniões, que nem sempre foram efectuadas da forma mais correcta.
Pegaram pelo Amadores do Ribatejo: Pedro Coelho à terceira tentativa; João Guerreiro ao segundo intento; o cabo João Machacaz à primeira, numa rija pega ao mais pesado da corrida, que o levou a embater com violência num burladero.
Pelos Amadores da Azambuja: David Mouchão à primeira; Pedro Sabino também à primeira; Daniel Reis à segunda.