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Corrida de Toiros, Toureiros e Forcados na Nazaré

Com a lotação perto dos 3/4 de casa na Nazaré, Luís Rouxinol aplicou-se e fabricou um toiro de triunfo, Sónia Matias também triunfou, e os Amadores da Chamusca varreram ao primeiro intento.
04 de Agosto de 2013 - 23:56h Crónica por: - Fonte: - Visto: 4205
Corrida de Toiros, Toureiros e Forcados na Nazaré

A Nazaré voltou a responder à chamada da empresa do Campo Pequeno e preencheu o tauródromo em mais de metade da lotação, talvez mesmo próximo dos ¾ de casa. Público bronzeado e festivo, muito participativo, composto por uma afición com muita juventude e por turistas de múltiplas origens.

O curro Falé Filipe esteve em geral bem apresentado, com pesos compreendidos entre os 460Kg e os 500Kg, e foram díspares no comportamento. Não foram cómodos e com excepção do primeiro e do último, cresceram com o decorrer das lides e proporcionaram a todos os intervenientes momentos de triunfo.

Abriu a praça o cavaleiro Luís Rouxinol diante um exemplar andarilho, de 500Kg de peso, que fez com que o cavaleiro de Pegões se empregasse a fundo com o oponente em sorte. Se nos compridos a lide foi intermitente, nos curtos escutou a banda tocar logo ao primeiro curto. Mas foi o segundo ferro aquele de maior destaque, quando reuniu de forma emotiva no centro da arena, após o arranque imediato do astado e colocou de cima para baixo. A partir daqui o astado veio a menos, também fruto de uma intervenção excessiva da quadrilha e terminou com um ferro de palmo a pedido das bancadas. No quarto tem uma lide de sonho frente a um manso encastado com 490Kg, muito distraído e cheio de defeitos, defeitos que o cavaleiro de Pegões se encarregou de tapar. Bregou como poucos, a baixa velocidade e mostrando-se em permanência ao oponente, e deu a volta ao que tinha por diante rubricando uma lide brilhante, cheia de ritmo e de uma ligação permanente, diante de tão parca matéria-prima. O segundo e o quarto curtos foram ao estibo e terminou com um par de bandarilhas uma excelente actuação, sempre de frente e em que fabricou o toiro. Grande lide de Luís Rouxinol.

Sónia Matias foi a cavaleira mais consistente da noite e tem duas lides distintas, diante de dois exemplares também eles bem distintos e está a efectuar uma das suas melhores temporadas. O segundo tinha 495Kg de peso, nobre, muito bem apresentado e rematado de córnea. Mereceu a banda logo ao primeiro curto, quando esperou o arranque do oponente e colocou de alto a baixo. Banda que iniciou funções ao segundo curto, numa sorte cingida, sorte que repetiu no ferro seguinte. Sem tempos mortos terminou a lide com dois violinos, sempre com correcção no momento do ferro e que receberam ruidosos aplausos das bancadas. No quinto enfrentou um chorreado de 465Kg, muito bem apresentado e armado, mas um manso no comportamento, que procurou a saída do primeiro ao último instante. É na brega que reside o grande destaque desta lide, com Sónia a conseguir sempre fixar as atenções de um oponente que queria tudo menos estar em praça. Se no primeiro curto ainda deu largura de praça, nos seguintes encurtou distâncias e rubricou uma lide segura, certa nas colocações e novamente sem tempos mortos. Sónia Matias passou na noite da Nazaré com distinção e com um triunfo, em que ultrapassou os obstáculos com um enorme à-vontade.

Mateus Prieto lidou o terceiro com 485Kg, de início reservado mas que cresceu muito com o decorrer da lide. Uma lide que estava em tom morno até ao terceiro curto, quando galvanizou a praça após ver arrancar o toiro, cravou ao estribo, nos médios e dobrou-se no pitón no remate. A praça explodiu ao primeiro violino e Mateus Prieto tratou de arrecadar o público com novo violino e um ferro de palmo em terrenos cambiados, com que terminou a actuação. No último da noite, Mateus Prieto teve por diante um manso com 460Kg. A lide resultou intermitente, sem ritmo, em que fica o registo de um bom violino, o terceiro curto, como o melhor ferro da lide.

Na forcadagem, três grupos distintos competiram entre si, com os Amadores da Chamusca a saírem os triunfadores da noite, com duas pegas à primeira tentativa.

Abriu a contenda Ricardo Paiva dos Amadores da Azambuja, numa reunião na córnea ao primeiro intento. David Mouchão fechou-se na córnea ao segundo intento, após ter saído da cara do toiro numa excelente pega à barbela na primeira tentativa.

Pelos Amadores da Chamusca, Diogo Cruz efectuou uma rija pega à primeira tentativa. Fechou-se na barbela e numa viagem nobre e dura até tábuas, com o grupo a não sentir dificuldades em consumar. Também Mário Duarte se fechou numa rija barbela, consumada na córnea ao primeiro intento, noutra viagem nobre até ao grupo, empurrado até tábuas, grupo que consumou com coesão.

Pelos Amadores de Cascais foi para a cara do terceiro da noite o cabo Joel Zambujeira. Após cair ao recuar na primeira tentativa, fechou-se ao segundo intento na córnea do oponente, numa reunião por baixo, em que sentou-se de forma irrepreensível na cara do toiro. Fechou a noite Ventura Doroteia à segunda tentativa.

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