Filipe Gonçalves e Amadores S. Manços triunfam na Terrugem
05 de Agosto de 2013 - 15:26h | Crónica por: Luís Gamito - Fonte: - Visto: 2697 |
No passado domingo, dia 3 de Agosto, a Terrugem assistiu a um boa noite de toiros perante ¾ de casa.
Antecedeu à corrida e no intervalo uma actuação dos “Marialvas”, num cartel que estavam anunciados os cavaleiros Filipe Gonçalves, Brito Paes e Tiago Carreiras. As pegas ficaram a cargo dos Amadores de Lisboa e S. Manços.
Nesta noite foram lidados toiros de António Charrua, bem apresentados mas com comportamento desigual, sendo bom o quarto da ordem.
Filipe Gonçalves que este ano tem feito uma grande temporada, esteve em grande plano. Se a sua primeira lide tinha sido agradável, a segunda diante de um excelente toiro valeu-lhe o troféu em disputa. Numa actuação baseada em sortes cambiadas muito bem preparadas e igualmente rematadas. O furacão algarvio soube estar com o “Charrua” que arrancava de todos os terrenos e perseguia a galope os ladeios do cavalo junto à trincheira.
Brito Paes andou um pouco discreto diante do seu primeiro toiro, que pouco transmitia e isso teve repercussões na lide, embora a evidente entrega do cavaleiro. O seu segundo toiro que pareceu bem melhor que o primeiro, inutilizou-se ao partir um corno na trincheira. Como Brito Paes já tinha colocado dois ferros compridos, a lide ficou-se por ali com as bancadas a exaltarem-se, porque insistiam na lide do sobrero, situação que não aconteceu e bem, por decisão de Agostinho Borges, o director de corrida de serviço, e segundo manda o regulamento.
Fechava a terna de cavaleiros o jovem Tiago Carreiras, que tenta afirmar-se entre os primeiros e ocupar um lugar a que foi muitas vezes apontado aquando ainda era cavaleiro praticante. Tiago teve uma boa lide no seu primeiro toiro, o cavaleiro empregou-se e embora tivesse umas passagens em falso a lide teve bom momentos, nomeadamente o terceiro curto que foi de cortar a respiração.
A sua segunda lide não teve grande história, nem mesmo quando sacou do Quirino para os curtos. Abusou um pouco da velocidade, tentando imprimir alguma emoção à lide, mas nem assim resultou diante um toiro que pouco transmitia.
Quanto ao capítulo das pegas, a noite teve bons momentos com ambos os grupos a não complicarem e tudo até “parecer” fácil… mas não é bem assim.
Por Lisboa pegaram João Luz e Manuel Guerreiro à primeira tentativa.
Pelos Amadores de S. Manços pegaram Nuno Leão à primeira, João Fortunato à primeira uma grande pega que lhe valeu o troféu em disputa e Pedro Galhardo também à primeira com ajudas a repartir pelo grupo de Lisboa, dado a inutilização do quinto toiro.
Para terminar é de lamentar o comportamento de alguns aficionados que se viraram contra ao director de corrida, ao cavaleiro Brito Paes e à empresa Toiros + sem razão absolutamente nenhuma, porque nenhum destes teve culpa da inutilidade do quinto toiro e nada obrigava a sua substituição.