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A última da Moita

António Ribeiro Telles, Vítor Ribeiro e Tomás Pinto fecharam com chave de ouro a Corrida do Fogareiro, a última corrida da edição 2013 da Feira da Moita.
16 de Setembro de 2013 - 15:58h Crónica por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 2510
A última da Moita

Terminou a Feira da Moita com a Corrida do Fogareiro, com as bancadas preenchidas talvez pela metade.

O curro de José Luis Pereda e La Dehesilla emprestou à corrida aquilo que tem faltado em tantas outras, a emoção. Com pesos entre os 460 e os 590 quilos, transmitiram e imprimiram dificuldades, com o sexteto de cavaleiros a ter, na sua grande maioria, argumentos para darem a volta às mesmas.

Mas houve um trio de cavaleiros que se destacou dos restantes: António Ribeiro Telles, Vítor Ribeiro e Tomás Pinto.

A noite da Moita abriu com a chave de ouro, pois António Ribeiro Telles esteve absolutamente intratável. Toureia tudo o que lhe aparece pela frente. E desta feita enfrentou um oponente com pata, um quanto nada andarilho, que impôs dificuldades em deixar-se colocado para as sortes, mas que arrancava com prontidão e a adiantar-se à montada. Sem que isso representasse problema algum para o cavaleiro da Torrinha, pois este efectuou uma lide onde contornou toda e qualquer dificuldade, impondo a ferragem de cima para baixo, com cites terra-a-terra. No último ferro fez com que as bancadas saltassem dos assentos, ao colocar ao estribo, com o toiro bem debaixo do braço.

Seguiu-se Vítor Ribeiro, que encetou uma lide de estrondo, na última da Feira da Moita. Parece que nem esteve ausente tempo nenhum, tal é o à vontade com que se apresenta em praça e a facilidade com que contorna cada problema com que se depara. Desta vez enfrentou um oponente que trouxe a bravura do pasto e que a exibiu toda na Daniel do Nascimento. Quanto a Ribeiro esteve sempre de frente. Colocou ferros sempre em terrenos de compromisso, daqueles que fazem suster a respiração, com a colhida sempre na eminência de acontecer, respeitando desde a brega à cravagem, as investidas do hastado, assinando uma lide absolutamente perfeita. Saiu das sortes dobrando o piton e rematando na proporção exacta.

Sónia Matias teve direito ao pior exemplar da noite, que para além de ter estacionado nos médios, foi tardo em demasia e impôs dificuldades à cavaleira. Pena foi, pois Sónia tem estado a fazer uma temporada para lá do satisfatória e merecia melhor sorte no comportamento do seu único oponente da Feira da Moita. Sem ter estado mal, faltou toiro e acabou por isso por não ser uma lide dentro do diapasão desta temporada.

Gilberto Fiilipe andou solto, contagiante e desenvolveu uma lide que agradou as bancadas. O oponente nunca incomodou um instante que fosse e permitiu a Gilberto Filipe ligar-se com facilidade. Esteve sempre à beira de uma lide histórica, não fossem os quarteios antetempo, para temperar de seguida o momento de cravar.

Na apresentação da Feira da Moita, Tomás Pinto declarou então, que vinha à Feira da Moita para triunfar, um triunfo que procurava à muito tempo. Pois bem, Tomás Pinto fez por merecer o triunfo que obteve. Arriscou com uma sorte gaiola, colocada junto ao sector 1 e que colocou a Daniel do Nascimento logo de imediato consigo. Nos ferros seguintes andou vibrante, quarteou no momento exacto e aproveitou a boa condição do oponente. Pena que se precipitasse a galope para o hastado assim que o colocava em sorte, caso contrário a lide seria perfeita.

Jacobo Botero também surgiu no ruedo para triunfar e também ele ordenou à quadrilha que saísse do ruedo, para cravar uma emotiva sorte gaiola. A lide seguia com ritmo, com sortes criteriosas até que sofreu uma colhida no segundo curto, que o desmontou de forma aparatosa. Ergueu-se de imediato, trocou de montada e mostrou ter coração toureiro. Botero chega com facilidade às bancadas e aproveita cada oportunidade como se fosse a última. A queda e a colhida só lhe trouxeram garra e andou alegre contagiante o resto da lide.

Pelos Amadores de Santarém foram para a cara os forcados: João brito ao primeiro intento; João Freire à segunda tentativa; António Imaginário à primeira tentativa.

Pelos Amadores de Alcochete: Fernando Quintela à primeira tentativa; Nuno Batista à quarta tentativa; Pedro Viegas ao primeiro intento.

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