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Campo Pequeno em noite apoteótica

Pablo e Manzanares duas figuras , das maiores e mais mediáticas figuras do mundo taurino, fez o publico acorrer em massa, que devia ter enchido e não encheu a monumental lisboeta.
15 de Julho de 2017 - 09:15h Crónica por: - Fonte: António Costa Pereira - Visto: 1275
Campo Pequeno em noite apoteótica

Recordei outros  tempos.  Daqueles  em que após a corrida se vivia um intenso ambiente taurino. Assim foi ontem. A afición por ali ficou. A conversar sobre a corrida, a cear, e as conversas a recaírem sobre o bom cartel ontem apresentado.

 

Pablo e Manzanares  duas figuras , das maiores e mais mediáticas figuras do mundo taurino, fez o publico acorrer em massa, enchendo quase por completo a monumental lisboeta.

 

PABLO HERMOSO DE MENDOZA

 

Não é por acaso que o rojeneador de Navarra é considerado o melhor. Frente aos Charrua, mostrou a mestria da lide e do toureio a cavalo. Ferros de grande nota. Levando emoção ao publico, fazendo com que este o aplaudisse de pé. O que se vê em Pablo, é arte, é muito trabalho com montadas excelentes. Homem e cavalo em perfeita harmonia, como se de apenas um se tratasse. Compridos de boa nota, e curtos de cortar a respiração. Tudo isto rematado com os seus célebres  ladeios e piruetas na cara do oponente, deixaram a marca de grande qualidade e saber.

Como seu suplente estava Jacobo Brotero, que foi chamado a dividir tarefas no segundo touro. Teve Botero uma nota positiva nesta participação a duo com Pablo.

Os touros de António Charrua, cumpriram, e bem.  Justificando-se em pleno, no quinto touro, a volta à arena do ganadero Gustavo Charrua.

 

JOSÉ MARÍA MANZANARES

 

A vinda do toureiro de Alicante a Lisboa, foi um verdadeiro acontecimento. Ou não fosse este “Torrão de Alicante” apelidado de “Toureiro das Mulheres”. Brincadeiras à parte, era esperado sim, pela sua mestria e suprema arte de tourear.

Manzanares  não defraudou o publico. No seu primeiro, um de Benjumea, ante a falta de qualidade e “impróprio para consumo”, fez das tripas coração para conseguir o inatingível.

Nos outros toiros, de Juan Pedro Domeq e Garcia Jimenez, esteve soberbo. De excelente nota com o capote, arrebatou com a muleta. Fazendo faenas de sonho. Daquelas que só os grandes conseguem.  Arrimou-se, sacando passes de grande emoção. O publico ficou rendido. O que o levou a dar duas voltas ao ruedo, com o publico de pé, a não regatear aplausos.

 

Como seu suplente, estava o novilheiro Joaquim Ribeiro “Cuqui”, a quem Manzanares concedeu permissão para estar frente ao ultimo touro da corrida. Uma lição de grande cumplicidade e humildade.

“Cuqui”, brilhou, e sacou passes de grande nota. Um nome a ter em conta, para futuras oportunidades.

 

FORCADOS DE MONTEMOR

 

O grupo capitaneado por António Vacas de Carvalho, não esteve na sua melhor noite ante os Charrua.

Os forcados da cara foram, Francisco Barreto e João da Câmara, que pegaram à segunda e quarta tentativas. E ainda Francisco Borges a salvar a honra do convento, conseguindo à primeira tentativa levar a melhor sobre o “Cigano” de 588 kgs.

 

PORTA GRANDE

 

Mais uma vez se abriu a porta grande do Campo Pequeno. Algo que vem sendo hábito, e bem, sempre que um triunfo assim o justifique.

Manzanares saiu com todo o mérito e apoteoticamente, mas no nosso entender, a mesma deferência devia ter sido atribuída a Pablo Hermoso de Mendoza. Porque também ele merecia a saída em ombros pela porta principal da monumental de Lisboa.

 

A corrida foi dirigida por Pedro Reinhardt sendo seu acessor o Dr. Jorge Moreira da Silva.

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