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Noite pobre e desinteressante em Lisboa

Na segunda do abono do Campo pequeno, a corrida comemorativa dos 125 anos do Real Clube Tauromáquico Português teve 2/3 das bancadas a presenciarem um noite banhada pelo desinteresse.
21 de Maio de 2017 - 11:01h Crónica por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 1362
Noite pobre e desinteressante em Lisboa

A Corrida comemorativa dos 125 anos do Real Clube Tauromáquico Português contou com uma lotação a rondar os 2/3 de casa, de um público que nunca se entusiasmou grande coisa, pois não foi também grande coisa o que se passou na arena do Campo Pequeno. E não fosse João Varanda, dos Amadores de Lisboa, a partir sem ajudas em praça para o 4º da corrida, não teria havido nada para contar, que ficasse na memória, de quem assistiu à segunda do abono do tauródromo da capital.

As reses provenientes dos pastos de António Charrua foram de uma pobre apresentação para uma praça de primeira. Já em comportamento comprovaram o esperado. Nobres, a xoto, perseguiram sem incomodar, sem ponta de transmissão, permitiram ladeios e piruetas, sem apertarem ou causarem dificuldades.

João Moura Jr teve duas actuações a papel químico na noite de Lisboa. A sua primeira abria a corrida, com o público a devolver aplausos com a sorte de gaiola (o seu melhor momento da lide), os ladeios seguidos de toques, os quiebros e os recortes, em tão paupérrimo oponente, que nunca partiu para qualquer ferro, sendo atacado toda a lide. O quarto da corrida era um negro chorreado, o de melhor apresentação da noite mas que servia os mesmos propósitos dos demais. Com interesse somente na garupa, já as bancadas não respondiam com o mesmo fervor. No segundo curto Moura Jr reduziu as distâncias e provocou o arranque do “Bolido”. Seria a melhor sorte de todas as que colocou, só que um empurrão na garupa deitou tudo por água abaixo. O público finalmente levantou-se dos assentos e o Inteligente deu ordem de início de banda.

Miguel Moura também teve duas actuações muito semelhantes e que pouco acrescentaram, não tendo nunca rematado uma sorte que fosse. Em ambas as actuações esperou no centro do ruedo para duas sortes de gaiola mas em ambas teve de corrigir as mesmas. No segundo da corrida, a lide teve pouca história, com um ferro falhado e sortes pescadas. Não fosse uma tripla pirueta em tão cómodo oponente, nem Miguel Moura saberia o que eram aplausos. No quinto da corrida enfrentou um exemplar cornicurto e com maior prontidão.

António Ferrera enfrentava-se perante dos exemplares da ganadaria de Manuel Veiga, que tal como os Charrua foram pobres, muito pobres em apresentação. “Soleado” foi o terceiro da corrida. Investiu com garbo nos capotes mas na muleta, após as duas primeiras séries pela esquerda com profundidade, passou a antecipar os protestos das investidas por aquele lado, não transmitindo nunca pela direita uma décima parte do que deu pelo lado inverso. O último da corrida, “Ingressado”, de apresentação deplorável, ainda menos oferecia nas investidas. A lide foi assim meritosa pela entrega em tão parca matéria-prima.

Nas pegas a noite de Liboa não teve grandes complicações. Abriu a noite pelos Amadores de Lisboa, o cabo Pedro Maria Gomes, com uma reunião na córnea à primeira tentativa. João Varanda protagonizou o momento da noite, indo sem ajudas ao “Bolido”. E não fosse ter saído da cara quando o oponente o tentou despejar no chão, não teria de repetir sem ajudas o cite, para estas galgarem a teia e o grupo consumar ao segundo intento, com João Varanda reunido na barbela.

Pelos Amadores de Évora, o cabo António Alfacinha, reuniu na córnea, com o grupo sem dificuldades a consumar à primeira tentativa. Fechou a noite o futuro cabo dos Amadores de Évora, João Pedro Oliveira, numa reunião na barbela, numa viagem a direito para o grupo, que consumou ao primeiro intento.

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