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José Ortega y Gasset, " La embestida del toro "

Artigo de opinião lembrando o grande aficionado e professor José Ortega y Gasset
05 de Março de 2011 - 00:00h Notícia por: - Fonte: - Visto: 1446
José Ortega y Gasset,

José Ortega y Gasset, nasceu em Madrid em 9 de Maio de 1883.

Seu pai foi jornalista e sua mãe proprietária do mesmo jornal onde seu pai trabalhava o " El Imparcial ". Mais tarde familiares seus fundaram, aquele que aos dias de hoje continua a ser um dos jornais de maior prestigio em Espanha e em todo o Mundo : O " El País "

Foi professor universitário na disciplina de " Metafísica " na Universidade Central de Madrid ( 1910 ), sendo doutorado em Filosofia pela mesma Universidade. Estudou e aprofundou os seus conhecimentos na Alemanha, onde privou com filósofos da corrente " idealista ", tendo traduzido muitíssimas obras literárias de grandes filósofos, entre as quais, as de Bertrand Russel.

Existem variadíssimos ensaios sobre as suas obras por académicos da Argentina, Brasil e demais países da América do Sul, assim como da Europa, Canadá e Estados Unidos.

Foi um grande aficionado, pondo por escrito em alguns textos, a sua visão muito especial da " Festa Brava ". È célebre a seguinte frase:

" A historia do toureio está ligada á de Espanha, tanto que sem conhecer a primeira, resultará irremediávelmente a não compreensão da segunda "

Também lhe é conhecida a reflexão sobre a " investida do toiro " em que nos apresenta de uma forma magnifica a sua visão. Diz-nos Ortega :

(... ) " A intuição dos terrenos - a do toiro e do toureiro - é um dom hereditário e básico que um grande toureiro traz ao Mundo. Atravéz dele, o toureiro sabe estar sempre bem colocado, porque antecipou infalívelmente o local que o animal vai ocupar. Tudo o resto, ainda que importante, é secundário : o valor, beleza, a agilidade e o músculo. (... ).

(... ) A fúria num homem, é um estado anormal que o desumaniza com frequência e suspende a sua capacidade de percepção.

Mas no toiro, a fúria não é um estado anormal, antes pelo contário, faz juz á sua condição e constituição, em que ele chega ao máximo dos seus potenciais vitais, entre eles a visão.

O toiro é o profissional da fúria e sua investida, longe de ser cega, dirige-se com clarividência ao objecto que a provocou, com uma acuidade tal que reage aos mais pequenos movimentos e afastamentos deste.

A sua fúria é, pois, uma fúria dirigida, como a economia actual em muitos países, e porque é dirigida pelo toiro, faz-se dirigível para o toureiro (... ).

Após lhe ser diagnosticado um cancro, faleceu em 18 de Outubro de 1955.

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