Quem, vestido de luzes, sonha em fazer carreira no seu próprio país, enfrenta tempos difíceis. Casos como os de António João Ferreira e Nuno Casquinha, entre outros, são exemplos de valor e persistência. Todavia, em Vila Franca de Xira mantém-se a tradição da corrida mista, pelas Festas do Colete Encarnado, este ano de homenagem ao saudoso matador de toiros José Falcão, volvidos 40 anos sobre a sua morte, vítima do toiro “Cuchareto”, em Barcelona.
Para o Falar de Toiros de hoje, Catarina Bexiga desafiou António João Ferreira e Nuno Casquinha – os dois toureiros que junto com António Telles, João Telles e os Amadores de Vila Franca de Xira, formam o cartel da Corrida do Colete Encarnado – para anteciparem o “mano-a-mano” de Vila Franca de Xira.
António João Ferreira:
“Vila Franca é sempre para mim uma responsabilidade acrescida, porque sei que aí os aficionados gostam de ver o bom toureio; mas encaro esta corrida com responsabilidade e felicidade, porque posso mostrar aos aficionados que ainda existo. Este cartel é muito de Vila Franca, eu e o Nuno fomos alunos da Escola José Falcão; eu sou adoptivo e o Nuno é de Vila Franca (…) É um cartel muito bonito, é um cartel que levanta muita expectativa.”
Nuno Casquinha:
“O matador de toiros José Falcão foi um exemplo para todos, dando a própria viva numa praça de toiros. Estamos a tourear uma corrida na sua terra e em sua homenagem; e nós temos que ser um exemplo também nessa tarde. Por honor ao maestro José Falcão creio que é importante dizermos que estamos aqui e que queremos ser dois matadores de toiros importantes.”
Falar de Toiros está disponível às Quartas-feiras, a partir das 22 horas, em www.falardetoiros.blogspot.com
