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DECLARAÇÕES DOS INTERVENIENTES NA NOVLHADA DE AMANHÃ NO CAMPO PEQUENO

Os jovens que amanhã irão apresentar-se no Campo Pequeno falam sobre a oportunidade e as expetativas para a corrida
10 de Agosto de 2016 - 01:54h Notícia por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 1016
DECLARAÇÕES DOS INTERVENIENTES NA NOVLHADA DE AMANHÃ NO CAMPO PEQUENO

Cláudia Almeida: “Fazer as coisas como deve ser”

A cavaleira praticante Cláudia Almeida que se estreia amanhã no Campo Pequeno vem à primeira praça do país para “fazer as coisas como deve ser”.

“É com grande sentido de responsabilidade que encaro a minha participação esta quinta-feira, na novilhada do Campo Pequeno”, diz Cláudia Almeida, acentuado o desafio que esta presença significa para si, como o culminar de um trabalho intenso e metódico, levado a cabo ao longo das duas últimas temporadas.

Define o seu toureio como “alegre e de verdade” e como cavaleiros referência aponta, Luis Rouxinol e Diego Ventura.

“Vivo e sinto o toureio durante as 24 horas do dia…às vezes gostaria mesmo que o dia tivesse mais de 24 horas, para ter mais tempo ainda para desenvolver o meu plano de trabalho que se baseia em montar os cavalos, levá-los ao boi manso e às bezerras e depois, reflectir no que saiu bem e no que pode e deve ser melhorado.”

Ao Campo Pequeno vai trazer cinco cavalos. Não destaca nenhum deles pois, para si” são todos importantes, são a minha ferramenta de trabalho e, se estão comigo, é porque todos eles respondem às minhas exigências”.

 

No que vai da actual temporada, Cláudia Almeida considera que “tem tudo corrido bastante bem”, lembrando que, para além de Portugal Continental, já toureou na Região Autónoma dos Açores, no Canadá e em França, com assinaláveis êxitos.

João Martins: “Triunfar no Campo Pequeno vai abrir-me portas noutras praças”

João Martins, novilheiro praticante aluno da Escola de Toureio Jose Falcão, de Vila Franca de Xira, está ciente da importância de um triunfo na novilhada popular de amanhã, no Campo Pequeno, para a sua carreira.

“Triunfar no Campo Pequeno vai abrir-me portas noutras praças” diz com convicção este jovem que tem nos matadores de toiros “El Juli” (espanhol) e Vitor Mendes, seu professor na escola de toureio, os seus modelos de inspiração

Não é esta a sua primeira apresentação em Lisboa. “Já me tinha apresentado no Campo Pequeno, em 2013….estive bem mas, e como é natural, hoje em dia, com mais três anos de experiência poderia ainda ter sido melhor. Hoje estou mais experiente, mais confiante”, diz.

João Martins compara a situação de 2013 com a actual: “Três anos depois, logicamente, tenho muito mais condições para agarrar uma oportunidade como a que agora me é dada. É o que me proponho fazer. Vir ao campo Pequeno para triunfar!”

 O “diestro” recordou ainda que esta quinta-feira passam 42 anos sobre a morte do patrono da escola, o Matador de Toiros José Falcão, em Barcelona, considerando-o “uma referência institucional e pessoal para todos nós e cujo exemplo está sempre presente em cada um dos alunos desta escola”.

 

Confiança e esperança são as palavras de ordem para João Martins. Confiança baseada nos êxitos já obtidos esta temporada em Portugal e Espanha e esperança em converter os próximos compromissos, que tem dos dois lados da fronteira, em novos êxitos.

Francisco Núncio: “Vir ao Campo Pequeno é uma grande responsabilidade”

Francsico Núncio carrega consigo o apelido mais importante da história do toureio a cavalo. Bisneto de Mestre João Branco Núncio, o “Califa de Alcácer”, Francsico, cavaleiro praticante, estreia-se esta quinta-feira, no Campo Pequeno.

“Vir tourear ao Campo Pequeno, a praça mais importante do mundo no que ao toureio a cavalo diz respeito, tem para mim um enorme significado, pois representa o reconhecimento do meu trabalho e do meu empenho em prolongar nas arenas um apelido centenário”.

Define-se como um cavaleiro de “corte clássico”, bem na linha tradicional da família, na senda de Mestre João, de José Barahona Núncio seu tio-avô e de seu pai, também de nome Francsico. Juntamente com seu irmão António, igualmente cavaleiro praticante, propõe-se prolongar o apelido Núncio nas arenas.

“A temporada tem-me corrido bem e eu venho ao Campo Pequeno para triunfar”, avisa!

Considera que, nesta fase da sua carreira está bem montado e destaca como características que mais valoriza no cavalo de toureio “ser calmo, ter personalidade e entender aquilo que está a fazer em praça. O cavalo tem de sentir prazer naquilo que faz em frente ao toiro, tem que estar à vontade”, conclui.

 

“É uma grande honra e um grande orgulho apresentar-me nesta praça, na qual o meu bisavô tomou alternativa e que está ligada à família, há mais de um século, pois aqui foram também corridos toiros do meu trisavô Joaquim Mendes Núncio. 

Francisco Correia Lopes: “O Campo Pequeno é a praça mais importante do mundo para o toureio a cavalo

Cavaleiro de dinastia, filho do cavaleiro José Manuel Correia Lopes e sobrinho de outro cavaleiro, Afonso Correia Lopes, ambos já retirados, Francisco considera o Campo Pequeno, onde esta quinta-feira se estreia, como “a praça de toiros mais importante do mundo para o toureio a cavalo”.

“Para mim, esta oportunidade significa converter um sonho em realidade” diz, ao mesmo tempo que manifesta “uma certa ansiedade pelo momento de entrar em praça”.

Francsico Correia Lopes está ciente da responsabilidade que a sua apresentação em Lisboa lhe cria, “tanto mais que venho com a intenção de triunfar e arranjar assim a justificação para ser repetido, pelo que não venho aqui de ânimo leve, antes para continuar a merecer o voto de confiança de todos os que acreditam em mim”.

Quanto ao seu estilo de toureio, considera ser algo que “como não podia deixar de ser é está em consolidação, mas ainda no principio…é algo que se trabalha todos os dias e numa perspectiva de aperfeiçoamento, consolidação, evolução, pelo que não há pressas”. E acrescenta: “o meu toureio é aquele que me faz sentir bem a cavalo, usar tricórnio, levar as rédeas na mão esquerda, tirar o melhor partido do cavalo que monto no momento e conseguir ir tirar do toiro tudo aquilo que ele tem para dar”.

Refere nunca ter visto o seu pai tourear em praça, mas que a ele tudo deve em matéria de ensinamentos relativos ao toureio. Já no que respeita à equitação, o pai é uma presença constante ao seu lado.

 

Francsico Correia Lopes efectuou a prova de cavaleiro praticante, no dia 1 de Julho, em Albufeira.

Forcados Amadores de Alter do Chão: Juventude e Valor

O Grupo de Forcados Amadores de Alter do Chão, capitaneado por Elias Santos, actua na Novilhada Popular de quinta-feira 11 de Agosto, no Campo Pequeno, num momento em que a juventude é a nota dominante entre os seus elementos.

“Temos um grupo em que predomina a juventude. Devemos mesmo ser dos grupos com uma média de idades mais baixa da actualidade”, refere Elias Santos, que considera que o grupo está coeso e num bom momento de forma.

“Os jovens estão a ser bem enquadrados pelos elementos mais antigos do grupo e estou seguro de ter reunido gente que quer mesmo ser forcado. É gente que vem para cá para viver esta arte tão portuguesa de pegar toiros. Estão aqui por verdadeiro amor à arte e não propriamente para mostrar a farda”, acrescenta.

Para o cabo, “vir ao Campo Pequeno é sempre uma meta de cada grupo em cada temporada. É sempre uma motivação adicional e tudo faremos para honrar as tradições do nosso grupo e elevar bem alto o nome de Alter do Chão”.

 

O cartel da novilhada popular de amanhã integra os nomes dos cavaleiros praticantes Cláudia almeida, Francsico Núncio e Francsico Correia Lopes dos novilheiros praticantes Joao Martins, Paula Santos e Sérgio Nunes.

Sérgio Nunes, amanhã de “luces” no Campo Pequeno

Sérgio Nunes é aluno da Academia de Toureio do Campo Pequeno. Estreia-se esta quinta-feira no Campo Pequeno, numa Novilhada Popular que se destina à revelação de novos valores.

“Tem para mim o maior significado esta apresentação na primeira praça do país, pois é o culminar de quatro anos de trabalho na Academia de Toureio do Campo Pequeno, primeiro sob a orientação do Maestro José Luis Gonçalves, a quem envio em primeiro lugar os meus sinceros votos de recuperação do grave acidente que sofreu há três anos –Força Maestro, continuamos à sua espera!- e, até à actualidade, com o Mestre Manadas. Para ambos, o meu sentimento da mais profunda gratidão por tudo o que me têm ensinado. Para mim, é algo de superior tourear amanhã no Campo Pequeno”, refere Sérgio Nunes.

O diestro sente-se tranquilo pois considera ter o trabalho de casa feito. “Treinar, na Academia e em casa é o meu trabalho, o meu trabalho de casa diário. Luto por tornar realidade um sonho”, refere Sérgio Nunes que acrescenta: “Essa materialização do sonho em realidade começará já amanhã.”

Desejo para os meus companheiros de cartaz, os cavaleiros Cláudia Almeida, Francisco Núncio e Francsico Correia Lopes e os meus colegas das escolas de toureio, João Martins e Paula Santos, bem como ao grupo de forcados Amadores de Alter do Chão, que esta oportunidade, que a empresa do Campo Pequeno nos proporciona, seja decisiva para a concretização das nossas aspirações enquanto profissionais do toureio.

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