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Bom nível dos cavaleiros na corrida à antiga usança portuguesa das sanjoaninas

Pagens, palafreneiros, porta estandartes, timbaleiros e clarins com trajes da época tomaram a noite de sexta-feira na arena da Praça de Angra do Heroísmo para encenar as cortesias que abrem as corridas à antiga usança portuguesa
01 de Julho de 2017 - 17:57h Notícia por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 1588
Bom nível dos cavaleiros na corrida à antiga usança portuguesa das sanjoaninas

- Tiago Pamplona, Telles Bastos e Miguel Moura, que deram voltas à arena, completaram uma boa noite de toureio a cavalo.

-Doze anos depois, a praça de Angra do Heroísmo voltou a ser o cenário de um festejo à usança antiga portuguesa.

Os forcados Daniel Brasil e Francisco Matos, dos dois grupos açorianos, protagonizaram as melhores e mais emocionantes pegas.

 

Pagens, palafreneiros, porta estandartes, timbaleiros e clarins com trajes da época tomaram a noite de sexta-feira na arena da Praça de Angra do Heroísmo para encenar as cortesias que abrem as corridas à antiga usança portuguesa, modalidade que já não era celebrada em Angra do Heroísmo faz doze anos.

Depois de todos os elementos das cortesias guiados pela figura do neto, uma bela amazona, apareceram em cena os cavaleiros a bordo de um coche, assim como os forcados acompanhados pela típica mula que carrega as caixas dos ferros, recreando assim os tempos antigos dos festejos cavalheirescos.

Depois da evocação com mais de vinte minutos de duração, deu inicio uma corrida à português na qual a terna de ginetes e os forcados da ilha Terceira luziram por cima dos toiros dos ferros açorinos de Francisco Sousa e João Gaspar.

O primeiro da tarde, de Sousa, foi recolhido aos corrais uma vez que se lesionou após os ferros de saída, pelo que o cavaleiro local Tiago Pamplona apenas se pôde luzir ante o quarto de Gaspar, que foi o toiro de maior volume e presença da corrida, além de bravo e pronto nas suas arrancadas. A faena de Pamplona, com alguns altos e baixos de temple, acabou no seu ponto mais alto com um sexto de ferro de brilhante execução, deixando chegar o hastado lentamente e com pureza.

Mais completa resultou a actuação de Manuel Telles Bastos, ao que correspondeu em primeiro lugar um nobre e manejável exemplar de Franscico Sousa que acabou por rachar-se e, como quinto, um “murube” de João Gaspar reservado e que apenas se empregou nas investidas. Bastos cravou ambos os ferros com assombrosa precisão, sempre no alto, em faenas de crescente ajuste e cadência nos embroques.

Por sua parte, Miguel Moura teve o pior lote da noite: um toiro de Gaspar com um comportamento reservado e incerto, e outro de Sousa que acabou a buscar as tábuas depois de várias arrancadas com a cara alta. O menor da grande dinastia portuguesa resolveu as dificuldades de ambos com um grande sentido de lide, empregando-se com decisão, calor e cadência para preparar as sortes e poder cravar assim nas melhores condições possíveis.

Enquanto aos forcados, um ano mais voltou a surgir a clássica rivalidade entre os dois grupos locais, o da Tertúlia Tauromáquica Terceirense e o do Ramo Grande, que chegou ao seu máximo nível com as duas soberbas e emocionantes pegas ao primeiro intento, de Daniel Brasil pelo Ramo Grande e Francisco Matos pela Tertúlia Tauromáquica Terceirense diante dos dois últimos toiros da noite. 

 

FICHA DO FESTEJO:

Praça de toiros de Angra do Heroísmo (ilha Terceira, Açores), sexta-feira 30 de junho. Terceira da feira das Sanjoaninas. Corrida a cavalo à antiga usança portuguesa, em horário noturno.

Ganaderías.-

Três toiros de Francisco Sousa e três de João Gaspar (3º, 4º y 5º), de apresentação desigual em volume e defesas, e de jogo díspar, destacando-se o quarto, de João Gaspar, bravo e de pronto galope atrás do cavalo. O primeiro, lesionado após os ferros de castigo foi devolvido aos curros.

Cavaleiros.-

Tiago Pamplona (casaca tabaco e ouro): silêncio e volta à arena.

Manuel Telles Bastos (casaca de veludo verde y prata): volta à arena em ambos.

Miguel Moura (casaca verde garrafa e ouro): volta à arena em ambos.

Forcados.- 

O grupo dos forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense pegou os toiros corridos nos lugares pares, a cardo de Toni, João Pedro Ávila e Francisco Matos, este ultimo ao primeiro intento com grande brilhantio. Pelos forcados do Ramo Grande, aos toiros em terceiro e quinto lugar, pegando Rui Dinis e Daniel Brasil, apenas este último com um único intento também de forma notável.

A praça apresentou uma lotação que cobriu três quartos das bancadas.

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