Ora viva!.. Cá estou perante os aficionados novamente. Não deram os menos atentos por minha falta, é isso? Por outro lado, para alguns, poucos, até será uma novidade esta aparição, após alguma ausência nos meandros desta coisa da escrita! Para outros ainda, até se calhar nem faço falta por-aí-além, no entanto, a querida Fernanda Rita não se compadecendo com o complexo critério destes últimos, teve a volitiva e gentil decisão de me convidar para colaborar num site de considerável interesse tauromáquico e informativo de maior destaque nacional: www.taurodromo.com
Muito embora, eu conhecesse relativamente o site, a Fernandinha não fazia parte dos meus horizontes visuais e efetivos – eu não tinha esse prazer – confesso; mas, por portas e ravessas – metaforizando e recordando alguém mais dado aos assuntos vinícolas –, fui descoberto, contatado, convidado e honrado. Cabe aqui esclarecer que, em tudo isto terá havido dois responsáveis: José Santos e Carlos Calado, dois Amigos da referida menina e do autor destes alinhavos e, ainda, taurinos de mão cheia.
Pois, dado o encontro por conferência em comunicação telefónica entre as três personagens cá estou, porém, não se pense que vou debitar prosas por da-cá-aquela-palha – não, isso não vai acontecer! E quereis conhecer a razão… ei-la: «FORCADO COM ALMA, CORAÇÃO, RAÇA e mais qualquer coisa…» será uma obra autobiográfica que tenho vindo a redigir com afã, considerável humildade, crença, observância, espontâneadade e determinante narração em resultado da fatal previdência ou, simplesmente, das leis naturais que o destino marcou, consequentemente, da caminhada dada ao longo desta vida… é o fado! Este último trabalho, já é a menina dos meus olhos e, como tal, a prioridade é absoluta.
Mas, cá estou eu em estrita colaboração com “Taurodromo.com” e, para já, com um primeiro trabalho dedicado a todos os aficionados em geral, como se fora a minha primeira vez… e é, em termos de escrita, o diário eletrónico em causa fazia mesmo parte das minhas virgindades!
Oi… já chega de considerações e apresentações… decerto, não terá sido para isto a que fui convidado! Penso eu. Então, vamos ao que interessa:
A centenária e castiça praça de touros “Palha Blanco” foi entregue após concurso público, o que teve lugar no passado dia, 11 de janeiro do corrente ano. A Santa Casa da Misericórdia, proprietária do edifício, abriu duas cartas-propostas: “Tauroleve, Lda.” e “Litobetão, Lda.” respetivamente, empresas de Vila Franca de Xira e Tornada – Caldas da Rainha.
O caderno de encargos ofereceu condições de exploração para o biénio 2013/14:
- 1ª proposta, a “”Tauroleve, Lda.” , ofereceu 25.000 Euros por cada ano – não usando, no entanto, a prorrogação opcional do ano de 2013 a que tinha direito por acordo contratual na vigência transata, obrigando, deste modo, a proprietária a abrir novo concurso.
- 2ª proposta, a “Libetão, Lda.”, ofereceu 17.125 Euros por cada ano.
O ato, ou direito opcional de mais outro ano não existe por obrigatoriedade mas sim, por acordo mutuo com ambas as partes.
A deliberação terá sido no passado dia 21, após reunião da mesa Administrativa e ponderada e resolvida por unanimidade. Posto isto, a participação foi logo feita aos dois concorrentes, no entanto e como é natural, só uma poderá exercer funções sendo a primeira a que foi levada em consideração pela instituição arrendatária, a empresa Vila-franquense.
A empresa arrendatária não tem norma de exigência no que diz respeito a mínimos de espetáculos a realizar por época, exigindo, todavia, dignidade, integridade de porte e probidade de caráter.
PLANEAMENTO ARTÍSTICO OFERECIDO PELA TAUROLEVE, LDA.
Com a promessa de cartéis de fundamental condição artística, criatividade e ideias atrativas com a finalidade de mobilizar os aficionados e, o público em geral.
Promete ainda qualidade na matéria-prima, como sendo o toiro de EMOÇÃO.
Finalmente, dignidade na escolha dos elencos artísticos será outra das propriedades da empresa concessionária.
Corrida de Maio – 5 de maio
Após a interrupção da Feira do Cavalo, achou-se fundamental a criação de uma corrida de touros – Corrida de Maio.
Assim, terá sido idealizado o regresso do concurso de ganadarias - com divisas, respeitando a antiguidade: Vaz Monteiro; Casa Prudêncio; Veiga Teixeira; Pinto Barreiros, Oliveiras Irmãos; António Silva; Vale Sorraia; Mário Vinhas, Murteira Grave e Herds. Manuel Vinhas; Ortigão Costa; Assunção Coimbra e canas VIgouroux. Serão envidados todos esforços para o cumprimento deste desejo – segundo a Empresa.
O desembarque noturno dos toiros nas vésperas dos espetáculos – criatividade da Empresa - continuarão a ser promovidos e respeitando o entusiasmo que o público tanto perspetiva.
Quanto ao elenco artístico, entende a Empresa, considerar em escolha apurada, os artístas mais destacados da passada temporada.
Corrida da Semana da Cultura Tauromáquica – 29 de julho
Será criada para estas já tradicionais festividades algo de inovação primaz, senão vejamos: A presença de rezes puras de Navarra para um espetáculo de completa destreza, estoicismo e emoção com recortadores de primeira grandeza no meio, os quais, disputarão a glória, no “1º Concurso Internacional de Anillas em Portugal.”
Colete Encarnado – 6 e 7 de julho
A saga da Sardinha Assada, vista pela empresa como espetáculo de interesse pedagógico será dedicado a todo o género de público porém, a jovem afición é, naturalmente, para aonde o evento será mais direcionado.
Feira Anual – 4, 6, 8, e 12 de outubro
O planeamento está a ser considerado com 3 corridas formais: as famosas ganadarias com ferros de Miura e Victorino Martin serão as mais desejadas pela Empresa, o que assegura a tão ansiada Emoção mas, as comemorações dos 30 anos de Alternativa do “Maestro” António Ribeiro Telles afigura-se-nos outra aposta de nível superior. Na parte Artística, deseja a Empresa trazer ao importante tauródromo vila-franquense, um destacado lote de figuras de categoria mundial.
Mas não é tudo… A Santa Casa da Misericórdia deixa ainda, a probabilidade e por bem, dar dois espetáculos em favor dos seus cofres e assim: 5ª feira de Ascensão, feriado Municipal e a 30 de setembro, data real da inauguração da famosa e característica “Palha Blanco” o que, com esta última data dar-se-á por fim ao encerro do edifício até à abertura da nova época, a de 2014.
Como nota alta, a proposição da Empresa está também virada para a inclusão em diversos espetáculos na época do “Grupo de Forcados A. de Vila Franca de Xira”, símbolo bem respeitado no panorama tauromáquico e, indispensável na feitura deste já apreciável programa.
Cumprida a promessa pelos já respeitados organizadores dos certames, estou em crer que está lançada a virtualidade, irreverência e emoção, adjetivos tão prenhes de primaz caraterísticas que os necessitados e protegidos da Santa Casa agradecem, os da afición em geral reconhecem, os da festa dos touros em geral prevalecem e, esses fanáticos mais dados aos animais de lacinhos cor-de-rosa, entropecem! Refiro-me, unicamente aos caraterísticos e bem conhecidos vituperadores, compreenda-se.
Apresentado o prospeto de um modo generalizado e o mais provável, estimando as nobres intenções da Empresa “Tauroleve, Lda.”, o autor deste trabalho com sublimes intenções e francas razões, deseja abertamente enormes sucessos nas organizações.
Como nota final:
A quem se deve este trabalho, considerando a abertura das propostas e, por dentro dos valores oferecidos, ter-se-á surpreendido ao tomar conhecimento quando, nos próximos dias à abertura das mesmas, apareceu uma adenda à primeira; desgastado pela muita usança neste complexo meio tauromáquico, pôs-se de pé atrás e, entrou em reflexão!
Ao que parece, a empresa vencida em concurso dando o dito por não dito, alegou não ter compreendido o caderno de encargos e, desse modo, considerou um engano pretendendo assim, corrigir a primeira oferta, posto isto, pretendeu passar o valor para o dobro, ou melhor, os 17. I25 Euros ano, passariam prontamente a 34.250 ano!
Ora, com este critério, o analista que se vos dirige nesta peça, facilmente analisou e considerou aquela Empresa de ingénua condição!
Pois vejamos: É verdade, sabemos bem, que todas as instituições de misericórdia se impacientam quando valores monetários, ou outros, teimam em ser parcos na entrada mas isso, não é defeito daquelas nobres e beneméritas instituições será antes, malsina dos pobres, carência das organizações de utilidade pública e de devoção piedosa e isto, já para não falar na desgraça que vai no Governo Central, que ao que parece, também anda a pedir dinheiro por tudo o que é lado.
A verdade pura, é que há Santas Casas de Misericórdia a enfrentar consideráveis dificuldades e até, processos de falência! Felizmente, não é bem o caso da de Vila Franca mas, a prevenção está nas balas prontas no canhão!
Analisados os prossupostos, aquela organização empresarial industrial e, ao que consta contém na sua escritura clausulas que a acredita como organização taurina ainda assim, eu mais previdente e, atendendo ao sucedido, não! Não quererei com isto, de modo nenhum desconsiderar, por contrário, dar força, apoiar e incentivar a novos valores para a festa é o meu desígnio.
Nunca a Santa Casa da Misericórdia, mesmo sendo ciosa por dinheiro, convenhamos, validaria quaisquer outras ofertas após abertura pública das propostas. Será possível até, que aquela atitude tivesse efeito contrário na decisão final!.. Creio.