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INCREDULIDADE

A semana finda, se o problema fosse religioso, ter-nos-ia convertido ao ateísmo...
01 de Outubro de 2014 - 11:36h Pensamento por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 2300
INCREDULIDADE

A semana finda, se o problema fosse religioso, ter-nos-ia convertido ao ateísmo…

Na verdade, a 26 de Setembro, cumpriram-se exactamente 30 anos sobre a data do encontro fatídico de PAQUIRRI com o Avispado, facto esse do perfeito conhecimento de quem tenha hoje 50 ou mais anos e, já nessa altura, vestisse as cores das camisolas aficionadas.

E a alegada perplexidade promana da circunstância de, a esse tempo, leia-se, ontem, quando no confronto com o percurso bem antigo da Tauromaquia moderna, a enfermaria da praça de Pozoblanco não estar devidamente apetrechada para as lesões provocadas pelas cornadas do oponente que, nos seus 400 e poucos kilos, muito longe estava dos elefantes com cornos que alguns tanto gostam de ver sair pelas portas dos sustos.

É devido um parêntesis em relação ao tema desta crónica para saudar o retorno à Palha Blanco, na corrida do próximo Domingo, da velha fórmula dos 8 toiros, que fez as delícias da nossa juventude e a que tantos se atiraram com o argumento da extensão em demasia do espectáculo.

Isto porque, com a intervenção de dois cavaleiros e de dois matadores, este é o figurino correcto para democratizar a corrida, com todos aqueles intervenientes a dispor de iguais oportunidades, o que não sucederia com uma lide a duo, raramente resultante pela falta de sincronização dos intervenientes, para já não falar da traição ao toiro sempre decorrente de uma modalidade assente na ideia do ressalto, em que o cornúpeto, as mais das vezes, leva com a ferragem sem saber ler nem escrever…

E um tal regresso deve ser creditado na íntegra à empresa, que o promoveu, dignificando a feira de Outubro e que bem merece ter do outro lado, em zona aficionada, o carinho do público, expresso em maciça afluência, na circunstância, de todo em todo justificável e justificada.

Regressando ao tema da crónica – e porque não há bela sem senão! – é preciso acreditar, como cantou Luís Goes, que a pública e inesperada decisão da Tauroleve de não continuar à frente dos destinos do centenário tauródromo, gerido de forma exemplar, com o impacto correspondente ao nível dos resultados da bilheteira, cujos motivos, naturalmente, desconhecemos, não venha a converter-se em definitiva, o que, a ser assim, acarretará em prejuízo para a Festa, que bem precisava estava – e continua a estar! – de empresários desta estirpe, com provas dadas – e de que maneira! – nestes 7 anos decorridos desde que teve lugar o início de funções.

Todavia e para já apenas se dispõe da opção anunciada, pelo que, envoltos pelo manto da tristeza, impõe-se concluir dizendo apenas portuguesmente: “não pode ser!”

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