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Eugénio Noel, o escritor e dramaturgo "anti-taurino"

Em 24 de Abril de 1936, morre escritor madrileno e "anti-taurino" Eugénio Noel
29 de Dezembro de 2011 - 14:27h Pedaços de história por: - Fonte: - Visto: 1912
Eugénio Noel, o escritor e dramaturgo

Poder-se-á dizer que Eugénio Noel não teria sido verdadeiramente “anti-taurino”, mas sim, um apaixonado pelo povo espanhol assim como pelo seu país.

Eugénio Noel nasceu em Madrid em 1885 e, o seu verdadeiro nome era Eugénio Muñoz Díaz, tendo falecido em Barcelona em 1936, com a idade de cinquenta anos vítima de pneumonia.

Consta que terá sido um “bohémio” empedernido, amigo do grande escritor esquerdista Ramón Valle-Inclán y Villaespesa e, também ele, dramaturgo e vulto enorme da literatura espanhola e adversário político da monarquia.

Eugénio Noel, enquanto criança, frequentou o seminário, indo servir como soldado no exército espanhol em Marrocos no ano de 1909, tendo-se tornado num crítico do Rei Afonso XIII e da sua política, mas principalmente um acérrimo “anti-clerical”, o que na Espanha da época, fez com que granjeasse muitos e poderosos inimigos. Os seus artigos em “ España Nueva” acarretaram-lhe dissabores, denúncias e incómodos de todo o tipo, como agressões na via pública, vaias e demais contratempos.

Assistia de uma forma “contrária” regularmente ás corridas de toiros, resultando essas assistência sempre a episódios graves pondo mesmo em perigo a sua integridade física.

Rafael “El Gallo” (o divino calvo) brindou-lhe uma “faena” em Valência e oferecendo-lhe mesmo uma orelha, o que suscitou de imediato uma reacção plasmada num artigo do próprio Noel, com o título de “La oreja de Amargoso”, chegando mesmo a afirmar num parágrafo desse mesmo texto o seguinte:

“El país a quien se quiere noblemente salvar, paga com esa moneda la labor de liberarlo de su vicio favorito”

Segundo nos conta  José Maria Cossío, Eugénio Noel nunca lograria um reconhecimento literário do povo espanhol, sendo os seus textos e crónicas mais lidos “Piel de España” e “Pan y Toros” ou a novela “Las siete Cucas”.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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