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"Rovira", o toureiro das "Pampas"

Recordando a grande figura das arenas Raúl Acha Saéz "Rovira"
29 de Outubro de 2011 - 20:34h Pedaços de história por: - Fonte: - Visto: 1690

Raul Acha Saéz “Rovira”, nasceu em Buenos Aires no dia 3 de Março de 1920, filho de um guitarrista e dançarino que com sua mãe Isabel Saéz geriam, entre outros negócios familiares, também um próspero negócio de exportação de carnes.

Raul teve dois irmãos, Angelines e Ovidio, tendo Angelines casado com o empresário tauromáquico Federico Lafuente López, tendo este influenciado Raúl pelo gosto pela tauromaquia.

No inicio dos anos 30 decidem viver em Espanha e neste país iniciar uma carreira de novilheiro em festas populares e feiras mas com o inicio da guerra civil espanhola são encarcerados num campo de concentração onde permaneceram durante um ano, sofrendo privações de todo o tipo, tendo logrado fugir para França onde embarcaram de volta a América, tendo como destino o Peru.

Raúl dicide então renunciar á sua nacionalidade Argentina e tornar-se peruano, vindo mais tarde a ter a tripla nacionalidade Argentina, Peruana e Mexicana.

Voltou a Espanha na temporada de 1945/46 onde iniciou a carreira de novilheiro, tendo tirado a alternativa em Barcelona em 24 de Junho de 1946, pelas mãos de Manuel Escudero, Julián Marín e Luís Briones, lidando o toiro “Mochuelo” da ganadaria de Arturo Sánchez. Confirmou a alternativa pelas mãos de Agustín Parra “Parrita” e o grande Francisco Vega de los Reyes “Gitanillo de Triana” lidando toiros de Joaquín Buendía.

Os seus êxitos foram enormes, quer em Espanha, México e restante América do sul, ombreando com figuras como Luís Miguel “Dominguín “ e “ Manuel Laureano Rodríguez Sánchez “Manolete”., tendo saído 6 vezes pela “puerta príncipe” e cortado 12 orelhas.

Após a morte de “Manolete” na praça de Linares, aconteceu a discussão de quem seria verdadeiramente a primeira figura do toureiro, tal era a qualidade do toureio de “Rovira”, sendo a arte de matar o seu principal trunfo, devido ao conhecimento que tinha da morfologia dos animais, conhecimento que colheu com o negócio de carnes da sua família.

Em entrevista jornalista venezuelano Carmelo ( Carmelo, o jornalista toureiro / tauródromo/pedaços de história) Raúl explica como se treinava na sua “finca” de Madrid empunhando a espada contra árvores, empregando a força do corpo o que lhe permitia perfurar vértebras e ossos dos animais, o que a par da sua alta estatura, quase sempre desferir estocadas letais e “à primeira”.

Retirou-se nos finais dos anos 60 tornando-se empresário taurino e apoderado de vários toureiros. Nos últimos anos da sua vida reside na Florida /USA  gerindo a carreira o seu filho e grande cantor mexicano “Emmanuel”.

Faleceu em 4 de Junho de 2007 na cidade mexicana de Cuernavaca.

 

 

 

 

 

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