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Nacional II morre vítima de agressão na Praça de toiros de Sória!

Lembrando o episódio que vitimou Juan Anlló Orrio na Praça de Toiros de Sória
31 de Março de 2012 - 13:06h Pedaços de história por: - Fonte: - Visto: 1901
Nacional II morre vítima de agressão na Praça de toiros de Sória!

Juan Anlló Orrio, nasceu no dia 11 de Janeiro de 1898, em Alhama de Aragón, Saragoça, província de Astúrias. Foi irmão do também ele toureiro de reconhecidos méritos Nacional I.

Apresentou-se como novilheiro em 3 de Agosto de 1919, tendo um êxito imediato, tornando-se figura das arenas, conseguindo mesmo tirar a alternativa um ano e meio depois no dia 21 de Setembro de 1921, na Praça de toiros de Oviedo.

O seu padrinho foi “El Alcalareño” e 4 dias depois confirmou a mesma alternativa pelas mãos de Luís Freg.

Segundo alguns, as suas qualidades como toureiro, assentavam numa certa “fleuma” e valentia, sendo os seus modos e pormenores artísticos os seus pontos mais fracos.

Chegou a ombrear e a ser comparado com o grande Marcial Lalanda.

No dia 4 de Outubro de 1921, Juan Anlló Orrio “ Nacional II” assistia, como espectador, a uma corrida de toiros na Praça de Soria.

Nessa tarde, o matador Emílio Méndez lidava o 4º toiro da tarde, quando um grupo de espectadores descontentes se manifestou contra a faena do diestro, atirando insultos de todo o tipo e moedas de cêntimos à cara do toureiro.

Gerou-se então alguma confusão entre os espectadores, na maioria “sorianos” e, Juan correu em auxílio do seu colega, dando uma bastonada num espectador sendo agredido depois com uma garrafa na cabeça, indo ambos parar à enfermaria da praça para serem assistidos.

As autoridades ordenaram que Juan fosse preso e António Cabrerizo Botija, médico de profissão, foi mandado para casa de seu pai para ser tratado.

O estado de saúde de Juan Anlló agudizou-se e o Juiz mandou que saísse da prisão e levado ao hospital para ser submetido a uma cirurgia de urgência, sem êxito vindo o toureiro a falecer no dia seguinte.

Antóno Cabrerizo Botija foi mais tarde condenado a 6 anos de prisão, tendo visto a sua pena comutada por um indulto, apenas cumprindo desterro da sua terra natal.

As corridas e festejos taurinos em Sória foram boicotados pelos toureiros da época e, um irmão de Botija arquitecto de profissão, foi mesmo mais tarde responsável pelas obras na praça de toiros, onde seu irmão tinha tido tão amarga e triste experiência.

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